Familiares e amigos da transexual que foi sequestrada, estuprada e agredida em Campo Grande organizam uma manifestação contra o crime bárbaro cometido contra a vítima, que está internada no Universitário da Capital onde já passou por cirurgia. 

Um amigo da transexual afirmou que na próxima sexta-feira (2), uma manifestação que começará em frente a quadra de esportes da Avenida Aeroclub percorrerá as ruas da cidade até a chegada em frente a Prefeitura em um ato contra a barbárie cometida contra a vítima, no dia 18 deste mês. 

Além da manifestação, amigos e familiares organizaram uma vakinha virtual para ajudar a vítima, que ainda está internada no hospital devido à gravidade dos ferimentos que sofreu. Ela passou por cirurgia e não há previsão de alta. 

Conforme a delegada Sueili Araújo da (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), os autores irão responder pelos crimes de injúria racial, sequestro qualificado, estupro coletivo e lesão corporal dolosa. Eles ainda são procurados pela polícia.

Sequestro e estupro coletivo

Ela foi abordada na Rua Tietê, na Vila Sobrinho, por dois homens que estavam em um veículo vermelho, no dia 18 deste mês onde foi levada até uma casa. A vítima foi agredida violentamente, estuprada e obrigada inclusive a ter relações sexuais com um cachorro. Hospitalizada com ferimentos graves, ela foi ouvida pela Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) antes de passar por cirurgia. 

Depois, foi abandonada na rua, bastante machucada. Uma das linhas de investigação do caso é de LGBTfobia, crime de ódio praticado motivado pela orientação sexual e/ou identidade de gênero das vítimas. O caso foi denunciado à polícia na noite de sexta-feira (25), quando a vítima conseguiu falar sobre os crimes sofridos.