Câmara de Corumbá nega ser investigada em operação da PF contra crimes eleitorais

Nota da PF diz que membros do legislativo são investigados, mas Câmara diz que a instituição não é

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Viaturas da PF durante operação
Viaturas da PF durante operação

Por meio de nota, a Câmara Municipal de Corumbá, a 429 quilômetros de Campo Grande, nega que esteja sendo investigada pela Polícia Federal no âmbito da Operação Mercês, deflagrada na manhã desta terça-feira (19) contra um grupo suspeito de crimes eleitorais

Por meio de nota, a PF informou que o alvo da ação é uma associação criminosa formada por servidores públicos municipais e membros do Legislativo Municipal, que teriam praticado crimes contra a administração pública e compra de votos nas eleições de 2020.

Ao todo, foram expedidos sete mandados de busca e apreensão. Porém, a Câmara informou por meio da assessoria de imprensa que a instituição em nada tem a ver com as investigações e que os investigados são pessoas físicas que teriam praticado tais crimes.

“Informamos que a investigação desencadeada na manhã desta terça-feira, 19 de outubro, não tem nada a ver com a instituição Câmara Municipal de Vereadores de Corumbá.  A ação está relacionada a possível associação criminosa voltada a compra de votos nas eleições de 2020, e os investigados são pessoas físicas que teriam praticado crimes eleitorais”, afirma.

A Prefeitura ainda não se manifestou. 

Mercês

O termo “mercês” advém do latim e sintetiza o modo de funcionamento da prática eleitoreira clientelismo, observada nesta investigação. Por meio da troca de favores, ou troca de mercês, os investigados utilizaram a máquina pública, que deveria servir tão somente ao povo, para angariar apoio político para suas próprias candidaturas ou de terceiros.