o cadáver encontrado em março de 2020Esta é a primeira identificação feita pelo banco de dados de DNA. 

Antônio havia desaparecido em fevereiro de 2020. O cadáver foi encontrado pelo funcionário da fazenda que estava em uma colheitadeira, fazendo o trabalho na área da propriedade. Segundo o delegado Carlos Delano, na época, o caso estava sendo investigado pela 4º Delegacia de Polícia Civil.

Antônio morava a  cerca de 15 quilômetros de onde seu corpo foi localizado. A morte foi natural, já que foi apurado pelas investigações que não houve assassinato. Os irmãos da vítima coletaram material genético para o banco de dados, que possibilitou a identificação de Antônio. 

No banco de dados são 68 amostras de 42 casos de pessoas desaparecidas. Em Mato Grosso do Sul, são 80 amostras de ossadas de desaparecidos. 

Campanha de coleta de dados

A coleta de material genético de familiares de desaparecidos aconteceu entre os dias 14 e 18 de junho na DEH e parentes de preferência pais, mães e filhos levaram escovas de cabelo, de dentes, por exemplo, no auxílio da coleta.

A coleta de material genético é voluntária, indolor e precedida da assinatura de um Termo de Consentimento. O exame para a retirada de amostra de DNA dos familiares das vítimas consiste no simples esfregaço da bochecha com um cotonete. O perfil genético obtido não será utilizado para nenhum outro fim, além da identificação do parente do desaparecido.

Desaparecidos

Nos últimos 3 anos, na Capital, desapareceram 1.312 pessoas: em 2019, 627; mais 502 em 2020; e, em 2021, foram 183 desaparecidos. Já nos últimos seis anos são 3 mil pessoas desaparecidas.

Destas 7 mil pessoas desaparecidas, dados são de que em 2019, 94 crianças entre 0 e 11 anos sumiram no Estado e, em 2020, foram 76 crianças. Em Mato Grosso dom Sul, são 7.770 pessoas ainda não encontradas. Já os localizados são 88%, em 2019, e 69%, em 2020.