Bombeiros e PMA investigam possível ação humana em pontes destruídas pelas chamas no Pantanal

Oito pontes de madeira foram destruídas nas regiões de Corumbá e Porto Murtinho nas últimas 48 horas

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O Corpo de Bombeiros e a PMA (Polícia Militar Ambiental) estão investigando a origem de incêndios que destruíram, nos últimos dois dias, oito pontes de madeira nos pantanais de Corumbá e Porto Murtinho. Há indícios, segundo o Governo, de ação humana, com a ocorrência do fogo apenas nas estruturas das travessias que dão acesso e escoamento à produção de regiões isoladas do bioma.

Um dos registros mais recentes ocorreu na estrada MS-195, em Porto Murtinho, onde incêndio destruiu a ponte sobre o Córrego Progresso. Testemunhas ouvidas durante as investigações informaram que foram encontrados galões de combustível próximo ao local do sinistro, configurando prática de crime.

Combate e monitoramento

A ponte é o único acesso de produtores rurais e a interrupção prejudica também os moradores da Colônia Ingazeira e transporte de alunos para a cidade, distante 30 quilômetros. O Corpo de Bombeiros registrou pelo menos três focos de calor na região em 48 horas.

Nas estradas MS-325 e MS-243, Pantanal do Nabileque, ao Sul de Corumbá, sete pontes de madeira foram queimadas nos últimos dias, a maioria entre o Morro do Azeite (BR-262) e os trilhos da ferrovia Noroeste do Brasil, que corta a região pantaneira.

Nesta região, a localidade conhecida como Carandazal está concentrando os maiores incêndios florestais desde o início do mês de julho. A Operação Hefesto, com sede em Corumbá, está atuando no combate e monitoramento dos focos, um deles ativado na fazenda São Francisco do Pau Arcado.