Assassinato de alemães no Paraguai pode ter violinos antigos como pano de fundo

Duas pessoas foram presas, entre elas um alemão que era amigo das vítimas e encontrou os corpos na residência da família, em Areguá, no Departamento Central

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Alemão era arqueólogo e colecionava relíquias
Alemão era arqueólogo e colecionava relíquias

A morte do arqueólogo alemão Raymond Bredow, de 62 anos, e de sua filha, 15 anos, está perto de ser esclarecida. O crime aconteceu no último dia 22 de outubro na residência da família na cidade de Areguá, no Departamento Central, no Paraguai. Os dois corpos foram encontrados com sinais de violência, o que indica que eles foram torturados.

Conforme declarações da promotora Sandra Ledesma nesta quarta-feira (10), sobre os rumos da investigação, a Polícia Nacional já tem indicativos de que o duplo homicídio pode ter sido encomendado, uma vez que a vítima era bastante conhecida e colecionava relíquias antigas.

Entre os objetos valiosos que estavam em poder de Bredow, existiam quatro violinos datados de 1700 e 1800. Segundo informações publicadas pelo Última Hora, a polícia acredita que os responsáveis pelos dois assassinatos entraram na residência a procura dos certificados de autenticidade desses instrumentos.

A promotora explicou que um suposto amigo da vítima fatal, um alemão que chegou a dar declarações à imprensa quando os corpos foram encontrados, tinha em sua posse quatro violinos considerados relíquias. Essas relíquias pertenciam ao arqueólogo alemão, que era apaixonado por música clássica.

Na época do crime, esse amigo de Bredow, que está detido, teria afirmado que os instrumentos foram queimados durante um incêndio, quando os violinos foram deixados sob sua proteção por motivos de viagem da vítima. Foi ele que encontrou os corpos na residência.

Quem foi Raymond Bredow

O alemão assassinado no Paraguai em 22 de outubro foi membro da Sociedade Hugo Obermaier para Pesquisa da Idade do Gelo por mais de 15 anos.  Em 1988, ele trabalhou para o Museu Nacional de Cardiff-País de Gales para uma grande exposição sobre mamutes e caçadores da Idade do Gelo.

Em 1990, Bernard iniciou um novo capítulo em sua odisseia gigantesca: as expedições à Sibéria, no “gelo eterno”. Ele colaborou com cientistas russos do Instituto Paleontológico da Academia de Ciências de Moscou.

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