O (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) denunciou dois funcionários acusados do desvio de mais de R$ 165 mil de uma empresa de Campo Grande, que atua no ramo do agronegócio. A dupla alegou que os valores eram referentes ao acerto de horas extras, fruto de um suposto acordo com a chefia para que não fosse pago nenhum tributo.

O processo tramita na 1ª Vara Criminal da Capital. De acordo com o juiz Roberto Ferreira Filho, responsável pelo procedimento, no próximo dia 6 de agosto será realizada audiência do caso, oportunidade em que serão ouvidas testemunhas arroladas pela defesa e acusação, bem como será realizado o interrogatório dos réus.

Consta na peça acusatória que após uma auditoria interna, foi constatado que entre os anos de 2011 e 2012 um dos funcionários desviou R$26.901,39 para a conta corrente do primo. Em seguida, ele embolsou o dinheiro e emitiu notas fiscais frias de fornecedores da empresa, como forma de mascarar a quebra do caixa.

O outro funcionário, no mesmo período, desviou R$ 83.036,38 e depois mais R$ 55.699,87, valores repassados inicialmente para a conta corrente da prima da esposa e também para a conta do cunhado dele. Como o colega de trabalho, também emitiu notas fiscais frias para não levantar suspeitas.

Questionados, alegaram que os valores eram referentes a um acordo com a empresa a respeito da compensação de horas extras. Afirmaram, inclusive, que tudo foi feito com consentimento do advogado. No entanto, ao ser acionado judicialmente, o advogado negou qualquer envolvimento. A dupla responde por estelionato.