Foi liberado ainda na sexta-feira (30), depois de pagar fiança de R$ 1.100, o agente penitenciário que atirou contra o carro de um Policial Militar na avenida Eduardo Elias Zahran, em Campo Grande. A confusão ocorreu em uma briga de trânsito.

O policial militar foi ouvido na 4ª Delegacia de Polícia Civil e liberado. 

Conforme as informações da Polícia Militar, equipes foram chamadas por conta de dois homens que estariam em vias de fato, sendo que um estaria armado. Os militares não encontraram os suspeitos no local indicado, mas depois localizaram os dois envolvidos na Zahran, já nas proximidades da escola Hércules Maymone.

O Fiat Argo estava parado na via e o motorista, policial militar, detido e algemado pelo agente penitenciário, que estava fardado. O Midiamax apurou que o policial é lotado no Batalhão de Guarda e Escolta, ou seja, também atua nos presídios. A princípio, o militar e o agente não se conheciam.

Versões 

O agente penitenciário contou que estava seguindo para o serviço, fardado, quando perto do Hemosul viu o motorista do Argo apontando uma arma de fogo para outros motoristas. O policial ainda estaria dirigindo de “forma anormal”, furando sinal vermelho e fazendo manobras perigosas.

Por conta disso, o agente teria acionado a Polícia Militar pelo 190, informando os fatos. Em determinado momento, o carro dele emparelhou com o Argo, por conta do congestionamento. O agente viu o policial colocar a mão na perna e retirar uma arma de fogo, momento em que ele teria se identificado como ‘polícia’.

O agente, então, conforme o relato dele, sacou a arma de fogo e foi em direção ao Argo, momento em que o motorista, ainda sem se identificar como PM, teria também apontado a arma em direção ao agente. O agente foi para trás do carro do policial e fez um disparo, quando o PM se identificou e colocou a arma no banco do passageiro.

Assim, o agente pediu que ele colocasse as mãos para fora do veículo, o que foi feito. De acordo com o agente penitenciário, o policial estava bastante alterado. Ele foi contido até a chegada da viatura. Já na versão do policial militar, ele dirigia devagar, por conta do congestionamento e, em determinado momento, ouviu o barulho do tiro.

Depois do barulho, ele viu o vulto do projétil, passar perto do peito dele. Foi quando o militar viu o homem armado do lado de fora do carro, se identificando como “polícia”. Então, ele também se identificou e foi retirado do carro, “jogado no chão e algemado”, segundo relato dele. O militar alega que estava com a arma na cintura o tempo todo.