Acusado de participar do homicídio de Veríssimo Coelho dos Santos, de 61 anos, no último dia 1 de abril, prestou depoimento à Polícia Civil e deu detalhes sobre o assassinato. Ele disse ter agido a mando do sobrinho da vítima, que golpeou Veríssimo com uma barra de ferro na cabeça e foi desovado na caminhonete onde estava no dia em que foi achado, em uma chácara.

Conforme apurado pelo site local Dourados News, o autor preso depôs aos policiais que três semanas antes do crime foi chamado pelo sobrinho da vítima para participar do homicídio. O motivo do crime seria o sobrinho estar “sob pressão” de Veríssimo, que teria transferido uma carreta bitrem para seu nome, com o compromisso dele transportar drogas.

No dia do crime, ele disse ter ficado com a pistola calibre 380 comprada pelo outro autor e recebido mensagem para ir até a chácara onde o idoso foi morto. O homem não teria respondido o contato, e foi buscado pelo caseiro do local.

Ele ainda detalha que, ao chegar na chácara, Veríssimo já estava caído ao solo, e tinha sido golpeado com uma barra de ferro na cabeça pelo sobrinho. A vítima, então, foi arrastada até a caminhonete, mas ainda tinha sinais vitais.

Foi nesse momento em que o sobrinho de Veríssimo o sufocou com uma capa de sofá vermelha, segundo o autor. A dupla colocou a vítima no banco do passageiro da caminhonete onde foi encontrada, para que o corpo fosse desovado. O autor do depoimento ainda disse que ele seguiu o sobrinho – que estava com o tio no banco ao lado – em uma picape Strada, e atirou 18 vezes no vidro, a pedido do companheiro.

A arma do crime ainda “levou a arma como pagamento”. Por fim, ele explicou à Polícia que os dois esconderam a arma no meio da vegetação, próximo a um rego d’água, por volta das 22h. A barra de ferro usada na agressão, boné, celular de Veríssimo, corda usada para enforca-lo e a roupa ensanguentada foram jogados em um riacho.

O delator ainda levou os policiais do SIG (Setor de Investigações Gerais) até o local do crime, onde foram encontrados alguns dos objetos descritos.

Na última terça-feira (20), o juiz Eguiliell Ricardo da Silva decretou a prisão preventiva do rapaz que depôs e determinou a quebra do sigilo telefônico do segundo autor (sobrinho) e da vítima. O processo corre em segredo de justiça.