Ivan Alyffer Albuquerque Rocha, 25, acusado de matar Luiz Otávio Santana de Lima, de apenas 11 anos de idade, em Sidrolândia, cidade a 71 quilômetros de Campo Grande, foi condenado a 18 anos e 8 meses de prisão em julgamento nesta quinta-feira (24).

A família sempre acreditou que o menino foi alvo de um plano premeditado de vingança. De acordo com o tio, Nilton Vargas Lemes, um pintor de 54 anos, o suspeito, Ivan Alyffer jurou se vingar ao ser preso após denúncia de violência doméstica por agressão contra a esposa, prima da vítima.

Durante entrevista ao Jornal Midiamax, Nilton informou que Ivan chegou a ficar três meses na prisão e que por este motivo pode ter assassinado o menino como forma de atingir a família. “Ele ficou revoltado quando foi preso e disse que iria se vingar”, comentou o tio. Nilton salientou que Ivan teria premeditado tudo. “Ele pediu a arma emprestada, chamou a família para ir para a fazenda e até mesmo arrumou um carro para levar todos, porque sabia o que ia fazer”.

Conforme apurado, Ivan chamou Luiz e o irmão de 13 anos para irem caçar jacaré com uma arma artesanal calibre 22. De acordo com Nilton, o sobrinho de 13 anos detalhou que, depois que o trio se afastou da família, Ivan teria sacado a arma e dito para Luiz: “Ajoelha, pede perdão e reza, porque você vai morrer hoje”. Os meninos ficaram em choque e não entenderam a situação, até que Ivan ameaçou novamente e apontou a arma.

Neste momento, o irmão fugiu correndo, momento em que ouviu o som de um disparo. Quando ele olhou para trás, viu o suspeito tentando carregar a arma mais uma vez. “Ele [o sobrinho de 13 anos] achou que ia ser morto também, mas a arma demorou demais para ser carregada”, pontuou o tio. A família foi avisada e chegou ao local, onde Luiz estava baleado. O menino teria dito à mãe: “Foi o Ivan que atirou em mim”. E em seguida perguntou: “Será que vou morrer?”.

Ele chegou a ser socorrido, mas morreu a caminho do hospital. O tiro atingiu o garoto nas costas e atravessou o abdômen. Ivan foi preso e, em uma de suas versões, disse que foi tentar atirar em um jacaré, quando a vítima entrou na linha de tiro. No entanto, a polícia contestou a versão alegando que sequer havia uma lagoa perto do local onde o crime aconteceu.