‘A gente achava que ele tinha saído do crime’, desabafa família após Luiz ser morto no Tijuca

Morto aos 22 anos com vários tiros em casa, na tarde desta quarta-feira (31), no bairro Tijuca em Campo Grande, Luiz Felipe da Silva representa o lamento da família que viu o jovem se envolver com o crime, mas acreditava que a conduta errada fazia parte do passado. No início deste mês, Luiz foi notícia […]

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Morto aos 22 anos com vários tiros em casa, na tarde desta quarta-feira (31), no bairro Tijuca em Campo Grande, Luiz Felipe da Silva representa o lamento da família que viu o jovem se envolver com o crime, mas acreditava que a conduta errada fazia parte do passado. No início deste mês, Luiz foi notícia depois de se arrepender de um furto e comprar uma televisão nova para a vítima. 

Madrasta de Luiz, uma mulher de 33 anos que não será identificada, afirmou que o jovem teve envolvimento com “más companhias” durante parte da adolescência e que isso pode ter influenciado na decisão dele de cometer delitos.

Filho de mecânico, Luiz seguiu a profissão do pai e exercia a função até hoje. No entanto, a ida para o interior do Estado para morar com a mãe, que se separou do pai há vários anos, fez com que os laços do então adolescente com a família ficassem fragilizados.

“A gente achava que ele tinha saído do crime. Tinha muitas más companhias”, conta a madrasta, ainda abalada pela morte do enteado.

A notícia sobre a morte de Luiz, que ainda não foi esclarecida pela polícia, chegou rapidamente para a família, que morava perto do jovem, apesar de não manter contato diário com ele. “A casa era dele, ele tinha comprado”, relata a madrasta a respeito do local onde o corpo do jovem caiu, atingido por vários tiros. Pelo menos 16 disparos foram feitos em direção do rapaz.

Ao lado de Luiz estava uma moto de 600 cilindradas que segundo parentes pertencia ao jovem. Segundo a polícia, não há registros de furto ou roubo do veículo. Perícia será feita na moto para identificar pistas que possam levar ao autor do crime.

Execução

Conforme o delegado Mikaill Faria, da 6ª Delegacia, testemunhas relataram que os autores seriam três ou quatro homens, que teriam chegado ao local em um Uno cinza ou azul. Luiz estaria sozinho na casa e foi surpreendido na varanda, mas os suspeitos não chegaram a entrar.

Como a casa não tem muros, apenas uma cerca baixa, os suspeitos teriam se aproximado pela frente e começado a atirar. Assim, rodearam a residência, que fica em uma esquina, até chegarem bem perto da vítima. A princípio pela contagem das capsulas deflagradas no local, de calibre .380, foram pelo menos 16 disparos feitos.

Luiz Felipe morreu na hora e vizinhos relataram que ele era conhecido na região desde menino. Madrasta contou que a mãe do rapaz mora no interior e está a caminho de Campo Grande. Equipes do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar com Batalhão de Choque, Polícia Civil

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