TRF3 nega revogação de prisão e de cautelares de copiloto que fugiu de caças da FAB

Foi negado pelo TRF3 (Tribunal Regional Federal) da 3º região a revogação da prisão preventiva e de aplicação de medidas cautelares ao copiloto preso no dia 2 de agosto em Ivinhema, com um carregamento de cocaína. Júlio e o piloto Nélio Alves tentaram fugir de caças da FAB (Força Aérea Brasileira). O pedido de revogação […]

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Foi negado pelo TRF3 (Tribunal Regional Federal) da 3º região a revogação da prisão preventiva e de aplicação de medidas cautelares ao copiloto preso no dia 2 de agosto em Ivinhema, com um carregamento de cocaína. Júlio e o piloto Nélio Alves tentaram fugir de caças da FAB (Força Aérea Brasileira).

O pedido de revogação foi negado pelo desembargador federal José Lunardelli, que eu seu despacho afirmou “Depreende-se que o crime imputado aos flagrados é doloso e a pena privativa de liberdade máxima superior a 4 anos. A existência do delito (materialidade) restou provada pelo auto de prisão em flagrante e auto de apresentação e apreensão”

Ainda na peça, o desembargador disse que os indícios de autoria foram suficientes e decorrem do próprio auto de prisão em flagrante, bem como informação fornecida pelo próprio flagrado Nélio como sendo o responsável pela pilotagem da aeronave.

O magistrado ainda afirmou que também era impossibilitado a aplicação de medidas cautelares, “Ainda, não se torna possível a decretação das medidas cautelares diferentes da prisão, uma vez que a preventiva é a única medida capaz de afastar eventual risco provocado pela liberdade do sujeito delitivo, como justificado pelos motivos acima expostos”.

A defesa de Júlio havia alegado que ele não tinha antecedentes criminais, com residência fixa, réu primário além de exercer atividade lícita na qualidade de empresário. O pedido da defesa foi negado no último dia 14 deste mês.

Após a prisão e durante o interrogatório, os dois pilotos manifestaram o direito de ficarem calados. A FAB interceptou, em operações simultâneas, duas aeronaves classificadas como suspeitas, segundo informações de inteligência da PF, que apontavam que elas poderiam estar associadas ao tráfico de entorpecentes.

As ações envolveram quatro caças A-29 Super Tucano da FAB e um E-99, além de todo o Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro. Na primeira ação, uma aeronave monomotor, modelo EMB-720 Minuano, foi interceptada a nordeste de Campo Grande. O monomotor foi abordado por um A-29 e passou pelos procedimentos de averiguação e persuasão.

A aeronave foi escoltada até o pouso obrigatório em Rondonópolis (MT), onde a PF assumiu as ações. O piloto da aeronave foi preso em flagrante e 487 quilos de cocaína foram apreendidos.

Na segunda ação, um bimotor B-58 Baron foi interceptado a sudoeste de Campo Grande, sendo orientado a pousar em Três Lagoas. O bimotor, pilotado por Nélio e Júlio, não cumpriu as determinações dos órgãos de Defesa Aérea e evadiu-se, realizando pouso forçado em campo não preparado, localizado em Ivinhema, com cerca de 518 kg de cocaína a bordo.

Rafaat

Nélio, que já foi vice-prefeito de Ponta Porã e também presidente da câmara nos anos 80, já cumpriu pena em Assunção, no Paraguai.Também há informação de que naquela época, em 2004, Nélio integrava organização criminosa comandada por Jorge Rafaat.

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