Testemunha que perdeu marido e amiga em feminicídio vai depor sobre guarda-municipal
A mulher, de Sterfeson Batista de Souza, que foi ferida a tiros no fim de semana pelo guarda-municipal Valtenir Pereira da Silva, que matou a ex-namorada Maxelline da Silva Santos em um churrasco, no Jardim Noroeste, já recebeu alta e deve ser ouvida nos próximos dias pela polícia. Ela teve alta nesta quarta-feira (4), e […]
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A mulher, de Sterfeson Batista de Souza, que foi ferida a tiros no fim de semana pelo guarda-municipal Valtenir Pereira da Silva, que matou a ex-namorada Maxelline da Silva Santos em um churrasco, no Jardim Noroeste, já recebeu alta e deve ser ouvida nos próximos dias pela polícia.
Ela teve alta nesta quarta-feira (4), e como ainda está muito abalada com o que aconteceu deve ser ouvida só nos próximos dias pela delegada que cuida do caso. As buscas por Valteir continuam. Ele está foragido desde o dia do crime, no dia 29 de fevereiro.
Outras testemunhas estão sendo ouvidas pela polícia. A prisão preventiva do guarda foi decretada durante o plantão judiciário de domingo (1º). A juíza titular da 1ª Vara da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher da Capital, Helena Alice Machado Coelho, decretou a prisão do guarda. Maxelline havia registrado um boletim de ocorrência por violação de domicílio e ameaça, no fim do mês passado, contra o agente.
Na delegacia, na ocasião, a professora contou que manteve relação com o guarda municipal, mas ele não aceitava o fim do relacionamento. A vítima pediu uma medida protetiva de urgência, que foi autorizada pela juíza Jacqueline Machado. Cinco dias após ser intimado e ficar ciente da medida protetiva, Valtenir Pereira da Silva matou a ex-namorada.
Nesta terça (3), em um evento de comemoração dos cinco anos da Casa da Mulher Brasileira, o secretário da SEDES (Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social) Valério Azambuja disse que ‘se soubesse das medidas protetivas contra Valtenir, teria retirado a arma”.
Azambuja ainda disse que o agente já estava matriculado para na próxima semana participar de um curso de capacitação, e nesse curso apresentaria os resultados dos testes psicológicos, que devem ser apresentados a cada dois anos.
“Se tivesse retirado a arma, quem disse que não usaria outros meios para cometer o crime”, falou o secretário. Ele ainda falou que os únicos casos impeditivos para o porte de arma, são aqueles já com condenação o que o agente não tinha. Quando questionado sobre uma agressão do agente em 2014 contra uma ex-namorada, o secretário disse que não sabia sobre o caso.
Em 2014, Valteir já havia agredido uma outra namorada e a ameaçado com uma faca por não aceitar o fim do relacionamento.
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