Santa Casa abre sindicância para apurar morte de bebê achado em lençóis sujos
A Junta Interventora da Santa Casa de Corumbá, a 444 quilômetros de Campo Grande, determinou abertura de sindicância para apurar denúncia de descaso com o “acondicionamento” do corpo de bebê recém-nascido que morreu na madrugada de sábado (7). A Polícia Civil também acompanha o caso. Em nota, o presidente da Junta Administrativa, Eduardo Aguilar, afirma […]
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A Junta Interventora da Santa Casa de Corumbá, a 444 quilômetros de Campo Grande, determinou abertura de sindicância para apurar denúncia de descaso com o “acondicionamento” do corpo de bebê recém-nascido que morreu na madrugada de sábado (7). A Polícia Civil também acompanha o caso.
Em nota, o presidente da Junta Administrativa, Eduardo Aguilar, afirma que vão ser apuradas as responsabilidades sobre “qualquer infração na conduta funcional de profissionais envolvidos no atendimento ao bebê, em especial, ao não cumprimento dos protocolos padrões sobre o acondicionamento do corpo de recém-nascido e imediata comunicação aos familiares”.
O presidente ainda ressaltou que a sindicância “visa possibilitar aplicação punitiva aos infratores e principalmente como mecanismo de atenção permanente a todos os profissionais atuantes nesta instituição hospitalar, para que fatos semelhantes não voltem a ocorrer”. As informações sobre a apuração do caso, serão repassadas aos familiares e à sociedade, de acordo com a lei, frisou o dirigente.
O caso
A família de Killian Lima de Carvalho, informou que ele nasceu com icterícia, doença que deixa a pele e os olhos amarelados e, em casos de complicações, pode levar à morte. O parto do menino, cesariana, foi no dia 04 de março. Horas depois, a doença já foi percebida. No dia 05, exames foram feitos para um diagnóstico mais preciso. As informações são do Diário Corumbaense.
O quadro de saúde foi piorando e foi cogitada a possibilidade de Killian ser transferido para Campo Grande. Nesse tempo, a família também contou que o médico pediatra que atendia o menino desde o parto, não atendeu aos chamados até mesmo do hospital.
Pouco depois das 02h da madrugada de sábado, Killian faleceu. A família foi avisada e às 06h, o pai e uma tia da criança chegaram e foram informados que o corpo estava no necrotério.
A tia, em companhia de uma enfermeira, foi ao local e, ao chegarem, viram que a sala estava fechada. Mas outra porta foi aberta e encontraram o bebê envolto em lençóis sujos e com o corpo cheio de formigas.
A situação foi denunciada à Polícia Civil por meio de boletim de ocorrência. Um inquérito foi aberto para apurar não só o acondicionamento do corpo, mas também a conduta do pediatra, que segundo a família, não prestou o atendimento necessário ao bebê. O corpo de Killian foi sepultado no domingo.
A polícia já requisitou laudo necroscópico para descobrir o que aconteceu e também investiga o caso.
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