‘Quando ameaçou minha família, fiquei cego’, diz sobrinho que matou agiota em Campo Grande

Durante seu depoimento na manhã desta sexta-feira (23), em julgamento em Campo Grande, Miguel Arcanjo Camilo acusado do assassinato do tio agiota Oswaldo Foglia, disse ter ‘perdido a cabeça’ quando Oswaldo passou a fazer ameaças contra a família dele. ‘Quando estava fazendo ameaças, apenas, para mim estava tudo bem, mas quando passou a ameaçar a […]

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Durante seu depoimento na manhã desta sexta-feira (23), em julgamento em Campo Grande, Miguel Arcanjo Camilo acusado do assassinato do tio agiota Oswaldo Foglia, disse ter ‘perdido a cabeça’ quando Oswaldo passou a fazer ameaças contra a família dele.

‘Quando estava fazendo ameaças, apenas, para mim estava tudo bem, mas quando passou a ameaçar a minha família eu fiquei cego”, disse Miguel, que está preso desde o dia 22 de julho de 2019, cinco dias após o crime quando se entregou.

A defesa de Miguel vai pedir pela absolvição. Segundo o advogado Marlon Ricardo da Lima, Camilo escolheu pela vida dele e não a do tio, que o estava ameaçando de morte, “Entre escolher pela sua vida, da sua família e de terceiro, é fácil a escolha”, disse o advogado.

O advogado ainda disse que Oswaldo estava extorquindo seu cliente fazendo ameaças de morte, o que acabou resultando no assassinato. Amigos e familiares de Miguel foram até o Fórum com camisetas que tinham a frase, “Salvar a vida de sua família não deve ser crime”.

'Quando ameaçou minha família, fiquei cego', diz sobrinho que matou agiota em Campo Grande
(Marcos Ermínio, Midiamax)

O crime aconteceu após uma cobrança de dívida feita por Oswaldo, que teve os serviços contratados por político de uma cidade do interior no valor de R$ 150 mil.  Miguel Arcanjo teria feito o intermédio entre o tio e a contratação por parte deste político, que teria desfeito o acordo depois de Oswaldo ter agido de forma violenta. No entanto, Miguel não teria contado ao tio sobre o desacordo e acabou passando cheques para a ele na tentativa de quitar a dívida de R$ 150 mil.

Porém, próximo dos cheques serem descontados Oswaldo teria ido até a conveniência exigindo o dinheiro, momento em que armado, após uma discussão, Miguel efetuou nove disparos contra o tio, sendo que três acertaram o agiota que morreu no local.

Por duas vezes, sua defesa informou que ele compareceria espontaneamente na delegacia, o que não ocorreu. Por este motivo, a autoridade policial requereu a decretação de prisão do suspeito. Ele foi capturado no dia 22 daquele mesmo mês.

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