Promotor afirma que uma das meninas mortas em confronto na fronteira atirou contra a polícia

Uma das meninas de 11 e 12 anos,  mortas no confronto entre a FTC (Força Tarefa Conjunta) contra o chamado Exercito do Povo Paraguaio, teria atirado contra policiais.  É o que afirma o promotor de Justiça Federico Delfino,  após exames feitos em armas apreendidas no local onde ocorreram trocas de tiros. O caso aconteceu na […]

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Uma das meninas de 11 e 12 anos,  mortas no confronto entre a FTC (Força Tarefa Conjunta) contra o chamado Exercito do Povo Paraguaio, teria atirado contra policiais.  É o que afirma o promotor de Justiça Federico Delfino,  após exames feitos em armas apreendidas no local onde ocorreram trocas de tiros.

O caso aconteceu na última quarta-feira (2), em uma fazenda localizada em Yby Yaú, na divisa dos departamentos Amambay e Concepción,  no Paraguai e  está sendo questionado por entidades de direitos humanos internacionais, que segundo o Última Hora,  pressionam o presidente do Paraguai Mario Abdo a prestar esclarecimentos  sobre a operação.

“Tenho resultados preliminares que me indicam que uma das meninas atirou. Devemos determinar, com as habilidades das armas, qual delas foi o que acertou. Os resultados indicam que um deles disparou uma arma minutos antes de morrer. Podemos confirmar com isso que os resultados preliminares indicam que uma das meninas atirou antes de morrer ”, enfatizou Delfino.

Segundo informações que circulam em redes sociais de parentes de membros do EPP, as duas meninas mortas são Aurora e Liliana. Uma é filha de Osvaldo Villalba e Magna Meza, enquanto a outra é filha de Liliana Villalba. Eles são considerados  os principais líderes da organização que atua em ocupações de áreas rurais no Paraguai.

As meninas morta foram apresentadas como supostamente assassinadas pelos próprios  membros do EPP, segundo a polícia,  após o confronto na fazenda Paraíso, em Yby Yaú. Relatórios forenses indicaram que elas receberam vários ferimentos a bala e que tinham aproximadamente 15 a 18 anos de idade.

Entretanto, de acordo com os documentos de identidade de origem argentina, uma das meninas tinha 12 anos, e teria nascida em outubro de 2008. Já a outra vítima tinha 11 anos. A mesma aparece como nascida em 5 de fevereiro de 2009,  em Clorinda , Província de Formosa.

O governo paraguaio nega que a operação militar tenha sido uma execução, uma vez que os procedimentos, segundo as autoridades,  foram realizados com amparo legal.

Da mesma forma, o assessor do Comandante em Chefe, General Héctor Grau, afirmou que as vítimas  foram apanhados no meio de uma operação em que o objetivo não era o ataque.Até agora, o Governo tem-se centrado em não assumir a responsabilidade pela morte das duas meninas.

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