Polícia resgata três crianças brasileiras  que eram torturadas na fronteira e dormiam com animais

Por meio de uma denúncia anônima, três crianças brasileiras de 6, 9 e 11 anos foram resgatadas pela polícia paraguaia em Pedro Juan Caballero, cidade que faz fronteira com Mato Grosso do Sul. Ela apresentavam sinais de tortura,  estavam sem comida há vários dias e dormiam em estábulos com animais. Segundo informações da polícia, as […]

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Por meio de uma denúncia anônima, três crianças brasileiras de 6, 9 e 11 anos foram resgatadas pela polícia paraguaia em Pedro Juan Caballero, cidade que faz fronteira com Mato Grosso do Sul. Ela apresentavam sinais de tortura,  estavam sem comida há vários dias e dormiam em estábulos com animais.

Segundo informações da polícia, as vítimas estavam sob custódia de uma tia, uma mulher de 26 anos, com um pedido de detenção preventiva. Um homem de 40 anos, parceiro da mulher e fugitivo também estaria envolvido.

As crianças disseram aos policiais que participaram da operação eram constantemente espancadas com paus, marretas, cabos e chinelos. Eles também foram submetidos a um estímulo elétrico, usado para o cavalo.

Inicialmente foram resgatadas duas crianças de 9 e 11 anos que disseram à polícia que  havia um irmão com menos de 6 anos de idade. Em seguida foi realizada uma busca na casa, mas sem encontrar o menor. Finalmente, após uma conversa com o advogado da família, o menor foi entregue na sexta-feira .

“O garoto tinha cortes na cabeça e hematomas por todo o corpo. Eles relataram que só comiam e não jantavam. O lugar onde eles moravam é onde estavam os animais “, afirmou o juiz.

De acordo com o  juiz da Infância e Adolescência, Elvio Insfrán, a mãe das crianças está em Ponta Porã e aparentemente,  não teria conhecimento dos atos de tortura, já que as crianças por medo de ser ainda mais castigadas,  não contavam o que estava acontecendo.

O magistrado disse que as crianças foram levadas a um centro de atendimento onde eram aparentes os ferimentos e golpes recebidos pelas crianças. “Ao remover a roupa, vestígios de golpes foram encontrados por todo o corpo”, disse ele.

Os nomes das vítimas e do suposto autor são omitidos em conformidade com o artigo 29, do Código da Infância e Adolescência, que proíbe a publicação de dados que permitam identificar menores como vítimas ou supostos autores naquele país.

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