PM de MS apura transgressão de policial que defendeu Bolsonaro e atacou deputado primo de Mandetta no Twitter

A Corregedoria-Geral da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul instaurou procedimento para apurar suposta transgressão disciplinar cometida por um terceiro-sargento que, via Twitter, atacou o deputado federal Fábio Trad, primo do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, em defesa do presidente Jair Bolsonaro, com relação às medidas de prevenção ao coronavírus (Covid-19). O Mi…

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A Corregedoria-Geral da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul instaurou procedimento para apurar suposta transgressão disciplinar cometida por um terceiro-sargento que, via Twitter, atacou o deputado federal Fábio Trad, primo do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, em defesa do presidente Jair Bolsonaro, com relação às medidas de prevenção ao coronavírus (Covid-19).

O Midiamax teve acesso à portaria assinada pelo coronel Voltaire Flamarion Garcia Diniaz, corregedor-geral da PMMS, que contém transcrições das mensagens postadas pelo investigado em sua conta na rede social. “Está evoluindo deputado, de desonesto passou a mentiroso. Não vai parar? esta sem freios? ou o limite é a corrupção? (sic)”, questionou o sargento em uma das mensagens.

“Deixa de ser mentiroso, Bolsonaro cobrou do Moro para investigar os desvios que governadores e prefeitos ditadores estão cometendo nas verbas públicas. Usar bem as verbas da saúde, também salvam vidas (sic)”. “Nao seja desonesto, as mortes estão aumentando pelo ciclo natural do vírus, provando que medidas de isolamento não resolvem, não evitam a contaminação. Além das mortes que não poderiam ser evitadas teremos muitas outras provocadas por medidas que você defende (sic)”, afirmou em direção ao deputado.

“Para o deputado @f_trad primo do [email protected], as mortes que continuam crescentes apesar das medidas duras de isolamento, são culpa do @jairbolsonaro pq ele falou que era uma gripezinha, mesmo não tendo feito qualquer ação contras medidas tomadas. Desonesto que chama? (sic)”. “Não consegue entender? Ou é só canalha mesmo? […]”.

Com base nestes registros, a Corregedoria aponta que em tese, ele cometeu transgressão disciplinar “por ter deixado de observar os preceitos da ética policial militar”. Ou seja, deixou de ser discreto em suas manifestações e linguagem, desrespeitou normas da boa educação, quebrou decoro, manifestou-se publicamente acerca de assuntos políticos, ofendeu a moral com palavras, provocou discussão sobre assuntos políticos, entre outras medidas do código de disciplina.

Conforme já noticiado, a corregedoria-geral da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul instaurou procedimento disciplinar para investigar um sargento da reserva remunerada por conta de postagem que ele fez no Facebook, criticando posicionamento do governador Reinaldo Azambuja com relação às medidas adotadas durante a pandemia do coronavírus (Covid-19), no que diz respeito à prorrogação de pagamento de impostos e redução de salário dos servidores do alto escalão.

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