Operação da Polícia Federal contra Jarvis Pavão prendeu ‘chefão’ do tráfico e segurança
Além de Gandhi Jacob Kabad Costa, contra quem havia um mandado de prisão e também de busca e apreensão, a Polícia Federal deteve em flagrante um homem de 28 anos na manhã de quinta-feira (27). As duas prisões aconteceram em uma casa na Rua Maranhão, na Vila Célia, durante operação para desmantelar organização criminosa comandada […]
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Além de Gandhi Jacob Kabad Costa, contra quem havia um mandado de prisão e também de busca e apreensão, a Polícia Federal deteve em flagrante um homem de 28 anos na manhã de quinta-feira (27). As duas prisões aconteceram em uma casa na Rua Maranhão, na Vila Célia, durante operação para desmantelar organização criminosa comandada por Jarvis Pavão.
Assim, durante o cumprimento do mandado os agentes encontraram no quarto de Gandhi uma pistola Glock, calibre 9mm, além de 34 cartuchos, 2 carregadores e uma maleta para a arma. No entanto, o outro homem que estava na casa assumiu a posse e acabou detido em flagrante.
Além disso, não foi arbitrada a fiança já que a arma foi apreendida no âmbito da Operação Pavo Real, que tinha como objetivo desarticular a organização criminosa de Jarvis Ximenes Pavão. Inclusive, foi apurado que o preso, identificado como Antônio Carlos, poderia ser segurança de Gandhi, apontando a periculosidade.
Nesta sexta-feira (28) ele deve passar por audiência de custódia, que definirá se ele fica ou não preso.
Operação contra Jarvis Pavão
A operação cumpriu 21 mandados de prisão, das quais 16 preventivas e 5 temporárias, além de 67 mandados de busca e apreensão. Todos foram expedidos pela Justiça Federal de Porto Velho (RO), no combate à organização chefiada por Pavão que, mesmo detido em Presídio Federal continuava a gerir o esquema de tráfico.
Assim, foi descoberto pela PF que a organização atuava na ocultação do patrimônio obtido com o tráfico internacional de drogas. Além disso, a maioria dos investigados são familiares de Pavão, incluindo a esposa, mãe, padrasto, filhos, genros, irmãos e sobrinhos. Ainda durante a operação, o filho Luan Pavão foi preso em Santa Catarina.
Como teve início a investigação
Agentes Federais de Execução Penal apreenderam, na cela de Pavão, bilhetes manuscritos. Assim, depois foi confirmado por perícia que tais anotações tinham imóveis identificados apenas por siglas e codinomes. Estes estariam tanto no Brasil quanto no exterior.
Com isso, em junho de 2019 a Polícia Federal deflagrou a primeira fase da operação, com o cumprimento de mandados de busca em imóveis de alto padrão, alugados pelos familiares de Pavão. Naquela ocasião, foram apreendidas armas, munições e diversos documentos e equipamentos eletrônicos que reforçaram o esquema de lavagem de capitais.
Assim, os criminosos passaram a morar nos imóveis com o intuito de facilitar as visitas à Penitenciária Federal. Mesmo sem a apreensão drogas ao longo da investigação, a Justiça Federal determinou o bloqueio de mais de R$ 302 milhões das contas de 96 investigados, além da suspensão da atividade comercial de 22 empresas. Estas eram utilizadas pela organização criminosa para a movimentação dos valores ilícitos.
Além disso, a Justiça Federal determinou também, o sequestro de 17 veículos de luxo, com valores individuais de mercado superiores a R$ 100 mil cada, que, somados, alcançam um valor aproximado de R$ 2,3 milhões.
Também foram sequestrados cerca de 50 imóveis que, segundo valores atuais de mercado, ultrapassam a quantia de R$ 50 milhões.
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