MS pede ajuda à polícia paraguaia para prender peão que matou político a tiros

A polícia de Mato Grosso do Sul pediu ajuda à polícia paraguaia para tentar capturar Luiz Fernandes conhecido como ‘Paraguaio’ acusado de matar a tiros o ex-prefeito de Amambai, Dirceu Lanzarini, de 62 anos. O crime aconteceu na segunda-feira (24), na propriedade rural do ex-prefeito. O pedido de ajuda foi confirmado pelo secretário da Sejusp-MS […]

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A polícia de Mato Grosso do Sul pediu ajuda à polícia paraguaia para tentar capturar Luiz Fernandes conhecido como ‘Paraguaio’ acusado de matar a tiros o ex-prefeito de Amambai, Dirceu Lanzarini, de 62 anos. O crime aconteceu na segunda-feira (24), na propriedade rural do ex-prefeito.

O pedido de ajuda foi confirmado pelo secretário da Sejusp-MS (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul), Antonio Carlos Videira, que informou ao Jornal Midiamax que as conversas com o advogado de ‘Paraguaio’ para a sua apresentação não evoluíram, e que as buscas por ele continuam.

‘Paraguaio’ não entrou mais em contato com a família depois de sua fuga. Ele teria confessado a esposa e ao filho que havia assassinado o ex-prefeito Dirceu Lanzarini. O delegado que cuida do caso, Marcos Werneck representou pela prisão preventiva de Luiz e o indiciou por homicídio qualificado pelo recurso que torna impossível a defesa da vítima e por tentativa de homicídio qualificado, no caso do genro de Lanzarini que também foi atingido pelos disparos.

Segundo informações passadas da Polícia Civil, Luiz teria premeditado o assassinato do ex-prefeito, já que havia deixado a família na fazenda e quando encontrou Lanzarini estava armado, o que segundo o delegado Werneck não era seu costume. As investigações apontaram que a arma usada no crime já estava em posse de ‘Paraguaio’ há 10 anos.

Os dois primeiros disparos foram à queima-roupa, segundo a polícia. Os tiros atingiram o ex-prefeito e o outro disparo o genro de Lanzarini. Equipes seguem em buscas por Luiz Fernandes, que está foragido desde o crime.

Atuam nas buscas equipes do GPA (Grupo de Policiamento Aéreo), Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), Defron (Delegacia Especializada de repressão aos Crimes de Fronteira) e DOF (Departamento de Operações de Fronteira).

Motivação do crime

Luiz teria revelado à esposa a motivação do crime. Ela prestou depoimento e contou para a polícia que o marido confessou o homicídio e disse que fez isso após o genro de Lanzarini ter assumido a administração da fazenda e começar a cobrar os funcionários.

Até então, o ex-prefeito era o único que administrava a propriedade, mas em razão dos compromissos políticos a administração ocorreu à distância por quase dez anos, até a chegada do genro do ex-prefeito. Luiz não teria gostado das cobranças, e por isso, teria assassinado Dirceu a tiros.

Em seguida, ele fugiu e abandou o trator usado na fuga na beira do rio. Dirceu Lanzarini foi assassinado com três tiros, um deles na cabeça. Já o genro de Lanzarini, Kesley Aparecido Vieira Matricardi, foi atingido por dois disparos, um no braço e outro no pescoço, de raspão. Foi ele quem fez o primeiro socorro ao sogro. Os dois foram levados para o Hospital do Coração de Dourados.

Dirceu sofreu uma parada cardiorrespiratória ao chegar no hospital. A equipe médica tentou reanimação por uma hora, mas ele não resistiu.

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