Julgamento de membros do PCC por homicídio dura dois dias e todos são condenados

Na quarta e quinta-feira (12 e 13), ocorreu o julgamento por júri popular de 5 réus, acusados da morte de John Hudson dos Santos Marques, de 27 anos, crime ocorrido em fevereiro de 2018. Dos 5, um teve o julgamento adiado por conflito no depoimento, já que ele acusava um outro réu defendido pelo mesmo […]

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Na quarta e quinta-feira (12 e 13), ocorreu o julgamento por júri popular de 5 réus, acusados da morte de John Hudson dos Santos Marques, de 27 anos, crime ocorrido em fevereiro de 2018. Dos 5, um teve o julgamento adiado por conflito no depoimento, já que ele acusava um outro réu defendido pelo mesmo defensor público.

O julgamento teve início na tarde de quarta-feira. Os 4 réus que então passaram a serem julgados prestaram depoimentos e a sessão foi encerrada, para continuar na manhã de quinta-feira. Os jurados foram ‘isolados’ e levados para um hotel, para que não pudessem ter contato com outras pessoas, nem mesmo por meio de celular, já que isso pode interferir no julgamento.

Com reforço policial e presença de militares do Batalhão de Choque, o julgamento foi retomado na quinta-feira com atraso de aproximadamente 1 hora. O juiz de Direito Aluízio Pereira esclareceu que, em respeito aos jurados, não anularia o julgamento pelo atraso do promotor. Só por volta das 20 horas o encerrou, com a condenação de todos envolvidos.

Gabriel Rondon da Silva foi condenado pelo homicídio, por organização criminosa e destruição de cadáver. A pena somou mais de 18 anos. Tiago Rodrigues de Souza foi absolvido do homicídio, mas foi condenado por ser integrante de organização criminosa e pela destruição de cadáver. Ele cumprirá mais de 6 anos.

Leonardo Caio dos Santos Costa também foi condenado pelo homicídio de John, mas foi afastada a qualificadora de recurso que dificultou a defesa da vítima. Ele também responde pela destruição de cadáver e foi condenado a quase 20 anos. Por último, Elionai Oliveira Emiliano foi absolvido do homicídio e condenado por organização criminosa e destruição de cadáver, com pena total de 6 anos e 8 meses.

Tribunal do crime do PCC

Conforme a denúncia, John foi morto e decapitado pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) por ter ligação com a facção rival, o . Além disso, outra motivação seria o fato de ele se destacar no comércio de drogas e armas na região do Bairro Zé Pereira, em , local de onde ele desapareceu.

Investigação apontou que no dia em que foi sequestrado, John foi atraído por um falso cliente que teria encomendado certa quantidade de droga por meio de uma ligação. Ao se aproximar do carro em que estava o suposto freguês, ele foi abordado por Wellington, Leonardo e Gabriel. Depois disso, ele foi levado para uma casa no Bairro Mário Covas, onde foi ‘sentenciado’ e morto.

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