Juiz não vê grave ameaça e Tom Brasil é absolvido de primeira denúncia de estupro
Neste mês de março, foi julgado o primeiro processo que corre contra Ewerton Cesar Ferriol, o dançarino Tom Brasil. Ele foi acusado de estupro por várias bailarinas e na primeira sentença, de um total de 9 processos que tramitam na 7ª Vara Criminal, ele teve absolvição após o juiz entender que não houve grave ameaça. […]
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Neste mês de março, foi julgado o primeiro processo que corre contra Ewerton Cesar Ferriol, o dançarino Tom Brasil. Ele foi acusado de estupro por várias bailarinas e na primeira sentença, de um total de 9 processos que tramitam na 7ª Vara Criminal, ele teve absolvição após o juiz entender que não houve grave ameaça.
A denúncia foi entregue ao Judiciário em 23 de novembro de 2017 e segundo relato da vítima, adolescente na época, o crime ocorreu entre 20 e 30 de outubro de 2015. Segundo a bailarina, no dia Tom disse que precisava conversar com ela no salão do piso superior do estúdio e ela foi até lá. Assim que chegou, afirma que foi segurada com força pelo braço pelo bailarino, que tirou as roupas da vítima e a estuprou.
A jovem chegou a contar que teve sangramento após o estupro. Seis testemunhas e o acusado foram ouvidos durante o processo e o juiz entendeu, na sentença, que não foi configurado o estupro. Segundo o magistrado, na oitiva a vítima alegou que foi ameaçada de ser expulsa da academia de dança e por isso acabou aceitando manter relação sexual com Tom, mesmo não querendo e já tendo dito que não para ele anteriormente.
O acusado alegou no depoimento que houve uma relação consensual. A absolvição do réu foi o resultado de um primeiro processo, no total de 9 que tramitam na 7ª Vara Criminal. Todos seriam crimes de estupro praticado contra adolescentes. Esta era também a primeira denúncia contra Tom, que foi feita pela mãe da vítima quando ela descobriu o estupro.
Como aconteciam os abusos
Uma das alunas e vítimas do professor contou que era bolsista na escola de dança e que os abusos só teriam parado nos últimos 3 anos que passou na companhia, quando foram entrando novas integrantes, que se tornariam ‘novos alvos’.
A denúncia das alunas é de que eram assediadas por terem a bolsa para integrarem a escola. “Sempre começava da mesma forma. Depois de conhecer a sua rotina, ele marcava um tipo de treinamento a sós, momento em que começam as investidas”, disse.
Denúncia em rede social
Uma bailarina de Campo Grande usou as redes sociais para denunciar que teria sofrido abusos por parte do coreógrafo e dono de uma companhia de dança da Capital. Ela afirmou no depoimento que, se não mantivesse relações sexuais com ele, era cortada das apresentações. A jovem diz que ainda que era obrigada manter as relações sem o uso de preservativo e que, com isso, contraiu DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis).
“Iniciei como bolsista na academia dele em 2010. Fiz parte da companhia, dancei em shows, programa de TV e qualquer outra coisa que surgisse. Saí em janeiro de 2013 quando me mudei para Brasília para fazer faculdade. Nesses dois anos fui abusada sexual, profissional, financeira, moral e psicologicamente. Eu e muitas outras meninas que passaram pelos seus ‘ensinamentos’”, dizia a postagem.
A dançarina afirmou em seu post que ao contar para o coreógrafo que havia contraído DST e que suspeitava de gravidez, foi humilhada e chamada de prostituta, por várias vezes. Ela ainda diz que o professor de dança teria pedido o dinheiro do cachê pago por um bar aos bailarinos, pois a companhia estava em dificuldades financeiras. Depois disso, a jovem diz não ter mais recebido o dinheiro pelo trabalho.
Sobre fazer a denúncia anos após ter deixado o grupo de dança, ela explica que “Eu não queria ter demorado tanto a falar sobre isso, mas ainda é muito difícil. A culpa e o medo que cerca esse meu discurso as vezes pesa mais do que a vontade de falar e sanar injustiças. São poucas pessoas que sabem dessa história e hoje eu quero que todo mundo fique sabendo. Ainda com medo, ainda com vergonha”.
Notícias mais lidas agora
- ‘Discoteca a céu aberto’: Bar no Jardim dos Estados vira transtorno para vizinhos
- Carreta atropela mulher em bicicleta elétrica na Rua da Divisão
- Papai Noel dos Correios: a três dias para o fim da campanha, 3 mil cartinhas ainda aguardam adoção
- VÍDEO: Motorista armado ‘parte para cima’ de motoentregador durante briga no trânsito de Campo Grande
Últimas Notícias
Santa Casa de Campo Grande enfrenta superlotação crítica e riscos à assistência
Profissionais relatam desafios enfrentados no cotidiano diante da superlotação, como jornadas extenuantes e aumento dos riscos para pacientes
Câmara aprova projeto que restringe uso de celular em escolas
Projeto prevê a medida para escolas públicas e privadas
Acostamento de vias na elaboração e na contratação de projetos de engenharia é tema de debate na Alems
Deputado Caravina prevê que “a implantação de acostamentos nas rodovias estaduais, sem dúvida, diminuirá consideravelmente os riscos de acidentes”
Engavetamento com seis veículos deixa trânsito lento na Avenida Afonso Pena
Dentre os envolvidos estão uma BMW X4, uma Chrysler Caravan, um VW Polo e dois VW Gol
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.