Na segunda-feira (3), o juiz Aluizio Pereira da Silva, da 2ª Vara do Tribunal do , negou pedido de anulação do depoimento de Rômulo Rodrigues Dias, de 34 anos. Ele está preso pela morte da mulher, Graziela Pinheiro Rubiano, de 36 anos, crime que até o momento não foi esclarecido.

Na peça da defesa prévia é alegado que nos depoimentos feitos pelo réu, o policial teria interrogado Rômulo sem a presença de . Além disso também sem proporcionar o Aviso de Miranda, ou seja, sem ler os direitos ou informar o que ele poderia permanecer em silêncio.

No entanto, para o magistrado entende-se que tal procedimento tratava apenas de parte do inquérito policial. Assim, após a prisão preventiva decretada, Rômulo foi ouvido na presença do advogado de defesa, mas não quis se pronunciar sobre o crime.

Também é dito pelo advogado que o réu teria sido induzido pela autoridade policial a produzir provas contra ele mesmo. Com isso, o advogado pede a nulidade do depoimento, pedido este negado pelo juiz.

Por fim, a defesa pede que seja feita uma conferência na conta bancária de Graziela, para identificar quaisquer movimentações após o . No entanto, o juiz também negou tal pedido, alegando que as investigações levam a crer que Graziela está morta.

Assim, agora é aguardado agendamento para as audiências de instrução sobre o caso.

Desaparecimento de Graziela

Rômulo chegou a contar para a polícia que, no dia do desaparecimento da esposa, teria ido com ela até o Balneário Atlântico. Lá, o casal tem um loteamento e estava construindo. O marido disse que a vítima pulou em um lago, o que teria gerado uma briga entre eles.

Juiz mantém depoimento de marido suspeito de matar e esquartejar Graziela
Vestígios de sangue da vítima foram encontrados no carro (Foto: Divulgação)

O marido ainda revelou que após a briga, Graziela saiu rumo ao lago e não retornou mais. Ele também disse que ficou na cozinha terminando a construção e como ela não retornou, foi embora para casa. No dia seguinte, como trabalham na mesma empresa, Rômulo levou chave, uniforme e entregou ao chefe dizendo que Graziela não voltaria mais.

Em uma segunda versão, o marido manteve a mesma história do loteamento, mas mudou um trecho. Assim, ele afirmou que uma mulher homossexual teria procurado o casal na residência deles e perguntado se Graziela morava ali. Então ele disse que sim e essa mulher passou a xingar Graziela fazendo acusações de que a estudante teria um caso extraconjugal com a companheira dela. Ainda teria mostrado um vídeo íntimo de Graziela para o marido.

Segundo Rômulo, o casal brigou após ele questionar sobre o vídeo, sendo que Graziela ficou com vergonha e saiu. Na versão de Rômulo, Graziela não levou os pertences pessoais, também deixou carro, moto e o terreno que pertenceria ao casal. Até o momento, nenhuma das versões contadas por Rômulo foi confirmada como verdadeira. Ele ainda não teria esclarecido o motivo do sangue na casa ou no carro.