Há 1 ano polícia investigava arsenal que levou à milícia desmontada na Operação Omertà
Há um ano, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul investigava arsenal de guerra descoberto no dia 19 de maio de 2019, em uma residência no Jardim Monte Líbano, em Campo Grande. A apreensão feita pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Bancos, Assaltos e Sequestros), com apoio do Batalhão de Choque […]
Arquivo –
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Há um ano, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul investigava arsenal de guerra descoberto no dia 19 de maio de 2019, em uma residência no Jardim Monte Líbano, em Campo Grande. A apreensão feita pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Bancos, Assaltos e Sequestros), com apoio do Batalhão de Choque da Polícia Militar, levou ao desmonte de uma milícia organizada ligada a execuções na Capital.
O armamento avaliado em cerca de R$ 200 mil estava sob posse do ex-guarda civil municipal Marcelo Rios (demitido por envolvimento no caso), e consistia em quatro carabinas 556, 11 pistolas nove milímetros, uma arma calibre 12, outra arma longa calibre.22, um revólver 357, quatro pistolas .40, um calibre 380, uma pistola calibre 22, além dos dois fuzis AK47. Também foram apreendidos silenciadores e carregadores.
A partir de investigação conjunta realizada pelo Garras e Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), foi possível conectar execuções ocorridas entre 11 de junho de 2018 e 10 de abril de 2019, que vitimaram Ilson Martins Figueiredo, Orlando da Silva Mendes e Matheus Coutinho da Silva Xavier. As vítimas foram alvo da milícia articulada por Jamil Name e Jamil Name Filho.
O grupo contava com aparato de inteligência policial, para que os pistoleiros pudessem atuar como detetives, colhendo informações de forma sigilosa a respeito dos alvos. Eles monitoravam residências, locais frequentados e horários de chegada e saída, conforme inquérito instaurado pelo Gaeco.
No caso de Matheus, por exemplo, que foi morto por engano no lugar do pai, o policial militar Paulo Roberto Teixeira Xavier, o grupo usou um hacker para obter a localização em tempo real do verdadeiro alvo. Dados cooptados culminaram na Operação Omertà, investida emblemática contra o crime organizado em Mato Grosso do Sul
Operação
Em setembro do ano passado foi deflagrada a Operação Omertá, que contou com 17 equipes do Garras, Gaeco e Batalhão de Choque da PM. Foram cumpridos 44 mandados na Capital, sendo 13 de prisão preventiva, 10 de prisão temporária e 21 de busca e apreensão. Jamil Name e Jamil Name Filho foram presos suspeitos de chefiar a milícia. A polícia apreendeu R$ 150 mil em posse do empresário Jamil Name.
Foram presos durante a operação 20 pessoas entre elas Name e Filho, bem como Elvis Elir Camargo Lima; Eronaldo Vieira da Silva; Euzébio de Jesus Araújo; Everaldo Monteiro de Assis; Frederico Maldonado Arruda; Igor Cunha de Souza; Luis Fernando da Fonseca; Rafael Carmo Peixoto Ribeiro; Rudney Machado Medeiros; além de Alcinei Arantes da Silva; Andrison Correia; Eltom Pedro de Almeida; Flávio Narciso Morais da Silva, Marcelo Rios; Márcio Cavalcanti da Silva; Rafael Antunes Vieira; Robert Vítor Kopetski, Vladenilson Daniel Olmedo.
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