Defesa aposta em ‘fragilidade nas provas’ para soltar policiais suspeitos de corrupção
Prestaram depoimento na tarde desta quinta-feira (28) na sede do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), em Campo Grande, sete oficiais da Polícia Militar Presos durante a Operação Avalanche, por suspeita de envolvimento com cigarreiros. Dois deles, o coronel Kleber Haddad Lane e o tenente-coronel Jidevaldo de Souza Lima, são atendidos […]
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Prestaram depoimento na tarde desta quinta-feira (28) na sede do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), em Campo Grande, sete oficiais da Polícia Militar Presos durante a Operação Avalanche, por suspeita de envolvimento com cigarreiros.
Dois deles, o coronel Kleber Haddad Lane e o tenente-coronel Jidevaldo de Souza Lima, são atendidos pelo advogado José Roberto Rodrigues da Rosa, que aposta na fragilidade das provas para tentar conseguir a revogação da prisão preventiva dos militares.
O advogado explicou que durante seus respectivos depoimentos, Kleber e Jidevaldo responderam a todas as perguntas e apresentaram documentos que, segundo Rosa, comprovaram ganhos e patrimônios.
No caso de Kleber, ex-comandante do DOF (Departamento de Operações de Fronteira), havia suspeita de que ele tivesse recebido supostas propinas enquanto esteve à frente do departamento.
No entanto, os bens que ele acumulou não eram compatíveis com os valores das supostas propinas que ele teria recebido. “Um segundo ponto é que não há nenhum depoimento que faça elo com ele. Foi citado sobre uma planilha apreendida em outra operação e que teriam mencionado o nome dele”, pontuou.
No caso de Jidevaldo, havia informação de que teria ouvido suposta “ingerência” a respeito da prisão do dono de uma fazenda que é vizinha da propriedade do militar. “Tentaram fazer uma relação disso com a compra de gado que ele fez dessa pessoa, mas foi tudo documento, ele apresentou nota e nem estava mais na unidade quando a pessoa foi presa”.
Ainda nesta sexta-feira, a defesa deve ingressar com recurso de habeas corpus, considerando a fragilidade das provas, bem como o fato de que os investigados não representam risco ao andamento do processo, pois já estão na reserva da PM.
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