Equipes do Garras vão para fronteira reforçar segurança após PCC iniciar guerra
Equipes do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Resgate a Assaltos e Sequestros), do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), além de equipes do Batalhão de Choque foram enviadas a fronteira entre Ponta Porã e o Paraguai para reforçar a segurança depois da guerra iniciada pelo PCC, na busca de domínio […]
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Equipes do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Resgate a Assaltos e Sequestros), do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), além de equipes do Batalhão de Choque foram enviadas a fronteira entre Ponta Porã e o Paraguai para reforçar a segurança depois da guerra iniciada pelo PCC, na busca de domínio do tráfico de drogas e armas.
Outras equipes já estariam de sobreaviso para o reforço na fronteira. Desde terça-feira (24) já foram seis pessoas sequestradas na região de fronteira e informações que as vítimas já estariam mortas. Carros foram incendiados. Um dos pais de uma das vítimas teria recebido uma ligação sobre o sequestro do filho e assassinato do rapaz.
Até o momento, as vítimas fatais da nova guerra do tráfico na fronteira identificadas são Riad Salem, Felipe Bueno, Muriel Correia e Gustavo, sem sobrenome divulgado. Segundo informações apuradas pela reportagem, as vítimas teriam parentesco com Fahd Jamil, um dos líderes do narcotráfico na fronteira.
Nesta quarta-feira (25) um avião que se preparava para decolar acabou interceptado por membros do PCC que sequestraram um dos ocupantes da aeronave. Os faccionados já teriam tentado sequestra-lo de dentro do quarto de hotel onde estava hospedado.
De acordo com informações, Edson Barbosa Salinas, que é apontado supostamente como um dos líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital) por autoridades paraguaias, que seria o responsável pelos ataques, que começaram na tentativa de controle do tráfico na região para tomar a fronteira. Após a saída de Sérgio de Arruda Quintiliano Neto, o Minotauro, do cenário do controle do tráfico, o grupo de Salinas estaria tentando expandir seus ‘negócios’ para o controle total na fronteira paraguaia. Dois dos sequestrados seriam de família influentes na região.
Mas, em resposta, a defesa de Salinas afirmou que ele é ‘empresário há anos na fronteira, não trabalha e nunca laborou ilicitamente e não possui qualquer envolvimento com os crimes’. Ainda segundo a defesa, ‘nunca exerceu a função de chefia de organização criminosa’.
Segundo o site ABC Color, Salinas seria um dos homens de confiança de Minotauro, que acabou preso em fevereiro de 2019. Depois da prisão de Sérgio Arruda Quintiliano, Edson teria tentado reativar a organização para ocupar o posto de chefia, conforme o site paraguaio.
Salinas chegou a ser preso em janeiro deste ano, em Ponta Porã a 346 quilômetros de Campo Grande. E segundo o jornal O Estadão, ele havia pagado fiança de R$ 80 mil, mas depois teve a soltura suspensa quando o juiz Marcelo Guimarães soube que Edson usava identidade falsa.
Reforço policiamento
O policiamento na fronteira estaria sendo reforçado para que os crimes não ultrapassem para o lado brasileiro. Segundo a assessoria de comunicação da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) a Força Nacional está na fronteira, mas ainda não se sabe se mais policiais serão enviados para manter a ordem.
Guerra do narcotráfico
Desde a prisão de Minotauro em fevereiro de 2019 e o assassinato de Jorge Rafaat em junho de 2016, organizações criminosas, entre elas o PCC (Primeiro Comando da Capital) tentam dominar a região no controle do narcotráfico.
Edson Salinas supostamente apontado como responsável pelas execuções de Chico Gimenez, tio de Jarvis Pavão, e da advogada Laura Marcela Casuso. Ainda há informação de que ele seria proprietário da casa onde foram presos 15 membros do primeiro escalão do PCC, comandados por Minotauro, em fevereiro de 2019.
Parte desses membros da organização criminosa que foram presos estavam entre os que fugiram do Presídio de Pedro Juan Caballero na madrugada de domingo.
Execução de Rafaat
Jorge Rafaat foi executado com mais de 16 tiros na noite do dia 15 de junho de 2016, em Pedro Juan Caballero, na fronteira. Os autores do assassinato do narcotraficante usaram armas de grosso calibre para o crime, fuzis AK 47, Mag antiaérea e metralhadoras. Os suspeitos estariam em três veículos.
As armas furaram a blindagem do Jipe Hummer ocupado por Rafaat. Várias outras pessoas teriam ficado feridas, dentre elas um policial identificado como Jorge Espindola. Um dos seguranças de Rafaat morreu durante o tiroteio, que durou mais de 20 minutos e foi mostrado nas televisões do mundo todo.
(Matéria editada às 9h17 do dia 27/11 para acréscimo do posicionamento da defesa de Edson Salinas, encaminhado posteriormente a publicação).
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