Empresário desmatou para plantar soja e foi multado pela polícia em R$ 85,9 mil

Empresário de Sidrolândia foi multado em R$ 85,9 mil pela PMA (Polícia Militar Ambiental), por derrubar árvores para plantação de soja em uma propriedade rural arrendada, localizada em Dois Irmãos do Buriti, a 117 quilômetros de Campo Grande. No local os policiais encontraram indícios de degradação de área protegida e exploração de grande quantidade de […]

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Empresário de Sidrolândia foi multado em R$ 85,9 mil pela PMA (Polícia Militar Ambiental), por derrubar árvores para plantação de soja em uma propriedade rural arrendada, localizada em Dois Irmãos do Buriti, a 117 quilômetros de Campo Grande. No local os policiais encontraram indícios de degradação de área protegida e exploração de grande quantidade de vegetação.

O empresário arrendou a fazenda de 211 hectares e no local derrubou 244 árvores de grande porte das espécies piúva, angico, louro-preto, cumbaru e outras, remanescentes em meio uma área de pastagem, com o objeto de mudança no uso do solo para o plantio de soja. 

Além de não ter autorização para isso, o infrator ainda iria queimar toda a madeira e galhadas que estavam em vários montes espalhados pela área. Quando os policiais chegaram, os trabalhadores iniciavam o incêndio da madeira e foram advertidos para apagarem o fogo.

Mesmo quando há licença ambiental, nos casos de derrubada de vegetação em desmatamento ou exploração seletiva de árvores, há a obrigação de aproveitamento do material lenhoso, afirma a PMA. “Só se poderia queimar galhadas e também com autorização do órgão ambiental. Só de toras de aroeira, madeira nobre e com alto valor econômico foram apreendidas 38 toras, medindo 13,5 m³. O resto da vegetação também foi apreendida”, disse a corporação em nota.

A polícia também verificou que uma área de mata ciliar de um córrego que corta a propriedade, que é protegida por lei como de preservação permanente (APP), o empresário gradeou com tratores até cinco metros do córrego, onde deveriam ser preservados 30 metros. Na área de matas ciliares verificou-se que não havia quaisquer cuidados com a conservação. “Foram verificados processos erosivos das margens do córrego, devido a retirada de parte das matas ciliares, agravados pelo pisoteio do gado. Toda a área protegida degradada foi medida em GPS e perfez 5 hectares”.

Todas as atividades foram embargadas e o empresário foi autuado administrativamente e foi multado em R$ 85.950,00. Ele também responderá por crime ambiental de degradação de área protegida, com pena prevista de um a três anos de detenção e por exploração ilegal de madeira, com pena de seis meses a um ano de detenção.

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