Em 2 meses de quarentena, mais de 117 ‘furões’ foram denunciados por dia

A GCM (Guarda Civil Metropolitana) recebeu 7.026 denúncias de descumprimento de medidas sanitárias em dois meses de quarentena do coronavírus (Covid-19), em Campo Grande, no âmbito da Operação Toque de Recolher. Ao todo, foram 117,1 ligações por dia no período que compreende de 9 de março a 19 de maio. Desse total, apenas 23 pessoas […]

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A GCM (Guarda Civil Metropolitana) recebeu 7.026 denúncias de descumprimento de medidas sanitárias em dois meses de quarentena do coronavírus (Covid-19), em Campo Grande, no âmbito da Operação Toque de Recolher. Ao todo, foram 117,1 ligações por dia no período que compreende de 9 de março a 19 de maio. Desse total, apenas 23 pessoas acabaram presas, isso porque a maioria dos abordados obedeceu às recomendações dos agentes de fiscalização.

De acordo com a assessoria de imprensa da GCM, foram conduzidas às delegacias de Polícia Civil da Capital apenas pessoas que resistiram de alguma forma. Ainda conforme a GCM, as 7.026 denúncias fazem parte de um universo de 13.007 ligações feitas à corporação nos últimos 60 dias. Os dados fornecidos ao Midiamax apontam ainda que 2.145 pessoas flagradas nas ruas e estabelecimentos foram orientadas a voltar para a casa.

Foram ainda vistoriados 1.414 estabelecimentos comerciais, dos quais 21 foram notificados e apenas dois lacrados. A Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública), com base em ações da Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros, informou que 275 pessoas foram presas em Mato Grosso do Sul durante a quarentena, no período de 9 de março a 10 de maio. Desse número, 18 casos são de Campo Grande e 257 do interior.

Conforme já noticiado, Mato Grosso do Sul é um dos piores Estados no ranking nacional, ocupando apenas a 25ª posição entre 27 federações, com o total de 37,54% de isolamento, bem abaixo da taxa de 60% recomendada pelos órgãos de Saúde. O município que lidera o ranking sul-mato-grossense é Laguna Carapã, com 53,2%. Campo Grande tem a taxa de isolamento de apenas 37,54% da população.

Exemplo deste cenário é uma mulher de 41 anos moradora em Ponta Porã, que foi diagnosticada com coronavírus e teve a prisão domiciliar decretada, por descumprir quarentena. Ela passou a fazer uso de tornozeleira eletrônica e deverá ficar em casa, pois oferecia risco de contaminação. A decisão é do juiz Marcelo Guimarães Marques, da 2ª Vara Criminal da Ponta Porã. A mulher, que mora no Jardim Vitória, foi denunciada no fim de semana pela prefeitura do município e notificada na tarde de sábado pelo secretário de Saúde do município, Patrick Derzi, conforme o Notícia de Ponta.