Feriado com quarentena teve 10 presos por violência doméstica em Campo Grande

O feriado da Semana Santa acabou com 10 homens presos e levados para a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), em Campo Grande. De quinta-feira (9) até esta segunda-feira (13) foram registrados na especializada cerca de 66 boletins de ocorrência por violência doméstica. Os homens foram levados por prisão em flagrante e mandados de […]

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O feriado da Semana Santa acabou com 10 homens presos e levados para a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), em Campo Grande. De quinta-feira (9) até esta segunda-feira (13) foram registrados na especializada cerca de 66 boletins de ocorrência por violência doméstica.

Os homens foram levados por prisão em flagrante e mandados de prisão em aberto. Neste domingo (12), duas grávidas tiveram as residências invadidas pelos ex-companheiros e firam agredidas por eles, que acabaram presos e levados para a delegacia. Um dos casos aconteceu no bairro Guanandi e o outro no bairro Moreninhas.

Desde que a quarentena foi imposta pode-se dizer que o número de denúncias contra agressores aumentou. Os autos de prisão em flagrante aumentaram em março deste ano sendo 32 contra 25 em fevereiro.

Denúncias

Em caso de denúncias, a vítima pode ligar para o 190 em caso de emergência, e também para o disk denúncia 180. A Defensoria Pública também está atendendo os casos urgentes, de segunda a sexta, das 7h30 às 11h30 e das 13h30 às 17h30, por meio do telefone: 3313-5835 / 9956-1872 (WhatsApp).

Isolamento e violência doméstica

A coordenadora do Nudem (Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher), a defensora Thais Dominatro Silva Teixeira, explicou ao Jornal Midiamax que no isolamento a violência contra a mulher acaba aumentando, já que as tensões crescem e são acompanhadas de agressões.

“Nós estamos vivendo um momento em que o distanciamento social é a principal recomendação para impedir a propagação do coronavírus e isso tem mantido as pessoas em casa para evitar o contato de umas com as outras. Contudo, a ONU Mulheres já reconheceu que é em contexto de emergência, como esse, que aumentam os riscos de violência contra mulheres, especialmente, a violência doméstica. Assim, nós reforçamos que ficar em casa e se proteger da Covid-19 não pode significar mais violência contra a mulher. Um triste exemplo desse cenário é a China, que registrou aumento dos casos de violência doméstica contra as mulheres na quarentena”, afirmou a coordenadora.

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