Contêiner de cadáveres: Polícia faz duas prisões na Sérvia e investiga tráfico de pessoas

As circunstâncias que provocaram as mortes de sete refugiados encontrados em contêiner na semana passada em Assunção, no Paraguai ainda estão sendo investigadas. Nesta quinta-feira (29) um marroquino de 30 anos e uma argelina de 29 foram presos na Sérvia. Eles são acusados de envolvimento com uma de rede tráfico de pessoas. A informação é […]

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As circunstâncias que provocaram as mortes de sete refugiados encontrados em contêiner na semana passada em Assunção, no Paraguai ainda estão sendo investigadas. Nesta quinta-feira (29) um marroquino de 30 anos e uma argelina de 29 foram presos na Sérvia. Eles são acusados de envolvimento com uma de rede tráfico de pessoas.

A informação é do comissário Nimio Cardozo, chefe do Departamento Anti-Sequestro da Polícia Nacional, que confirmou os desdobramentos do caso com o desenrolar das investigações. Segundo ele,  essas duas pessoas essas pessoas faziam parte da estrutura que recrutava gente para poder explorá-las e transferi-las daquele país (Sérvia) para outro, com a promessa de trabalho.

Conforme declarações de Cardoso ao canal paraguaio Telefeturo, o marroquino e argelina são acusados ​​de fazerem parte de uma rede dedicada ao tráfico de pessoas a nível internacional e acreditam que foram eles que estiveram em contacto com as sete pessoas que foram encontradas em estado de decomposição em meio a sacos de fertilizantes.

“Ainda não temos a informação precisa se foi para fins de exploração laboral ou outro tipo de exploração, o que acontece é que o tráfico na Europa tem uma ramificação impressionante, uma que se vai ao pormenor do tráfico pode ser encontrada com muitos surpresas ”, explicou.

O comissário também afirmou  que as informações dos documentos de identidade encontrados no contêiner foram suficientes para saber para onde se deslocavam essas pessoas, que colocaram no contêiner as pessoas que acabaram no nosso país.

As conversações em torno do caso ainda estavam um pouco travadas em virtude da falta de acordo operacional com a Polícia sérvia, mas apesar desses entraves burocráticos, alguns passos já foram dados.

Conforme o comissário, os primeiros contatos foram feitos através do Departamento de Homicídios da Polícia Nacional, que forneceu dados encontrados junto aos setes corpos que estavam no contêiner. O caso agora conta com o apoio delegados do Gabinete Europeu de Polícia (Europol).

O caso

Na manhã da última sexta-feira (23), os sete corpos, que estavam entre fertilizantes, foram encontrados dentro de um contêiner no bairro de Santa Maria, na cidade de Assunção.

O contêiner teria zarpado no dia 21 de julho e chegado ao porto no último dia 19, antes de ser verificado. O achado ocorreu quando encarregados da empresa que importou o fertilizante foi checar o carregamento. Perto dos corpos foram encontrados restos de comida, demonstrando que eles haviam se preparado para a viagem.

Também foi encontrada um cartão de táxi da Sérvia. As autoridades do Paraguai vão contatar o país de origem a fim de identificar os falecidos, todos adultos. Não é descartado que tenham sido vítimas de tráfico de pessoas e de que mais pessoas possam estar em outros contêineres.

O médico legista Pablo Lemir disse que uma das pessoas morreu de asfixia. Ele  também declarou que foram produzidas fichas odontológicas e antropológicas que fora entregues à Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) e Europo, que também acompanham o caso.

 

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