Acusado na internet de abusar de jovem, rapaz registra ocorrência por calúnia

Mais um homem acusado de abuso sexual nas redes sociais registrou na polícia uma ocorrência de calúnia contra a suposta vítima.

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Mais um homem procurou a Polícia Civil para denunciar crime de calúnia, depois de ser acusado de abusar sexualmente de mulheres. Trata-se de um rapaz de 19 anos que registrou boletim de ocorrência na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro, na tarde desta quinta-feira.

Ele relatou que tomou conhecimento que por meio da hashtag Exposedcg, foi acusado de ter abusado de uma jovem. No entanto, ele afirmou que jamais forçou qualquer mulher a manter relações sexuais com ele. Ele disse ainda que tal publicação resultou em ataques virtuais contra sua pessoa.

ExposedCG no Twitter: abusadores expostos

Na noite de segunda-feira (1º), relatos de moradoras em Campo Grande chegaram aos Trending Topics Brasil no Twitter. Exposedcg é a tag usada para que os campo-grandenses vítimas de estupro e abusos exponham os agressores nas redes sociais e chegou a ficar entre os assuntos mais comentados no país.

Aproximadamente às 18 horas de segunda-feira, uma usuária do Twitter postou “gente vou começar o #exposedcg pois já passou da hora de abusadores dessa cidade serem minimamente responsabilizados”. A partir dali, relatos de mulheres, homens, adolescentes e adultos vítimas de abusos sexuais começaram a tomar conta da rede social.

Se não é calúnia, procure a polícia e denuncie

Os crimes de assédio sexual e estupro são graves e a Polícia Civil faz um apelo para que as vítimas denunciem. Os casos específicos podem ser relatados na Depca ou na Deam, onde o atendimento é feito de forma exclusiva para essas vítimas ou, caso a denunciante prefira, pode registrar um boletim de ocorrência pela Delegacia Virtual.

Homens de várias idades passaram a procurar delegacias em Campo Grande após terem os nomes expostos no Twitter. É importante que as vítimas registrem boletim de ocorrência, para que não corram risco de responderem por calúnia. O fato passa a ser configurado crime e investigado a partir da denúncia em uma unidade policial.

Os casos que já foram denunciados passam a ser investigados pelas delegacias especializadas da Capital.

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