O concluiu na manhã desta quinta-feira (16) a remoção da aeronave que caiu na última quarta-feira (16), matando duas pessoas, nas proximidades do Aeroporto Santa Maria, em Campo Grande. Para tanto, uma pá carregadeira foi utilizada, tanto para a retirada dos destroços como para abertura de uma clareira de cerca de 60 metros de diâmetro, já que se trata de uma área com vegetação densa.

Devido ao impacto da queda, a parte dianteira da aeronave ficou enterrada cerca de 1,5m sob o solo, o que também prejudicou o resgate dos corpos de Pedro Arnaldo Montemor dos Santos e de sua esposa, Silvana Maria Pizzo, vítimas do desastre.

No local, além do Corpo de Bombeiros, estiveram a perícia da Polícia Civil, a (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado) e representantes do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), além do GTA (Gerência de Transportes Aéreos), vinculado ao Governo do Estado.

Durante as buscas, foi recuperada, ainda, a hélice da aeronave, que estava enterrada no buraco. Apesar da explosão e incêndio, o Corpo de Bombeiros ainda conseguiu resgatar documentos da vítimas, quantia em dinheiro e até um caderno de anotações com planos de voo. Segundo a investigação, o avião estava regular e em condições de uso.

De acordo com a titular da Deco, Ana Cláudia Medina, após a suspensão da remoção da aeronave, por volta das 17h da quarta-feira, a área foi preservada por policiais militares, posteriormente rendidos por um guarda de segurança privada. Por volta das 6h da manhã, equipe da GTA assumiram o espaço até a remoção ser reiniciada.

Investigações e força-tarefa

Toda a operação de resgate dos corpos e da aeronave após o acidente envolveu uma força tarefa com várias frentes. A primeira parte da operação priorizou o resgate dos corpos das vítimas, o que ocorreu no início da tarde da quarta-feira.

VÍDEO: Com maquinário, Bombeiros terminam remoção de destroços de avião
Destroços do avião serão reunidos para facilitar perícia (Foto: Minamar Junior | Midiamax)

Já nesta quinta, o objetivo era resgatar os destroços, que serão levados a um hangar no Aeroporto Santa Maria, para procedimento pericial. De acordo com Medina, será feito o “mockup” da aeronave, que é a reconstituição das peças para facilitar a ação dos peritos. Segundo a delegada, a Deco tem peritos capacitados para esse tipo de investigação.

“Vamos analisar preliminarmente se as condições climáticas foram preponderantes para o acidente. Até o momento, sabemos que o Aeroporto Santa Maria não opera por instrumentos e também que o piloto não era habilitado para voar em más condições climáticas. Para fechar as investigações e dar respostas à família, buscaremos entender o que o levou a decolar naquele tempo”, conclui a delegada.