Um dia antes de falso sequestro, piloto desativou alarme de hangar

O piloto Edmur Guimara Bernardes, de 77 anos, preso após a deflagração de uma operação feita pela polícia, no dia 27 de junho em Paranaíba –  a 407 quilômetros da Capital, suspeito de forjar sequestro, não teria ativado o alarme do hangar, um dia antes do crime. A aeronave seria utilizada para resgatar membro do […]

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Foto: MS Todo Dia.
Foto: MS Todo Dia.

O piloto Edmur Guimara Bernardes, de 77 anos, preso após a deflagração de uma operação feita pela polícia, no dia 27 de junho em Paranaíba –  a 407 quilômetros da Capital, suspeito de forjar sequestro, não teria ativado o alarme do hangar, um dia antes do crime. A aeronave seria utilizada para resgatar membro do PCC (Primeiro Comando da Capital).

A investigação da Deco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado) revela que Edmur tinha acesso a senha e ao sair do local, um dia antes ao suposto sequestro, não ativou o alarme. “O histórico detalhado da empresa que faz o monitoramento do hangar mostrou que o alarme não foi ativado. As imagens só mostram ele ativando quando saía com os supostos sequestradores”, revelou a delegada Ana Cláudia Medina.

Um dia antes de falso sequestro, piloto desativou alarme de hangarO piloto Edmur e o funcionário do hangar, Idevan Silva Oliveira, 52 anos, prestaram depoimento nesta segunda-feira (1º). Os dois foram presos durante a operação Ícaro – Rota Caipira, desencadeada pela Deco.

Conforme a polícia, depoimento do piloto é contraditório. “Confrontando com as câmeras de monitoramento do hangar não batem com nada do depoimento”, relatou Medina. A Polícia Civil continua com levantamento de dados e informações de contatos que ele manteve, antes, durante e depois do suposto sequestro.

Nesta terça-feira (2) o piloto teve a prisão temporária prorrogada pela Justiça por mais cinco dias.

O falso sequestro

Edmur teria sido sequestrado no dia 18, em casa, e levado pelos suspeitos até o aeroporto de Paranaíba. Idevan relatou à polícia que os bandidos estavam armados e exigiram um determinado avião, que foi roubado e levado com o piloto, enquanto ele teria sido deixado amarrado.

Após mais de 30 horas o piloto foi encontrado em Cáceres, no Mato Grosso, e alegou que foi sequestrado e obrigado a seguir para a Bolívia e Paraguai, onde os supostos sequestradores resgatariam um membro do PCC. Ele relata que também foi obrigado a desligar o transponder da aeronave para não ser rastreado e não manter comunicação com ninguém avisando que estaria sendo levado por bandidos. Após um descuido dos assaltantes, ele ainda diz que fugiu com o avião.

Edmur já teve envolvimento em casos de tráfico de drogas e contrabando. Em um dos casos mais antigos, foi detido pela Polícia Federal em setembro de 2000. A prisão aconteceu após a PF apreender 138 quilos de cocaína em um hangar, em Paranaíba.

A droga pertencia a um pecuarista e seria transferida de um avião para o fundo falso de um caminhão. Na época, os suspeitos tentaram dizer que transportavam hormônios bovinos. Edmur era um dos responsáveis pelo descarregamento da droga em Paranaíba.

 

 

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