Provocações e tapa no rosto antecederam assassinato em sala de cinema em MS

Provocações e até um tapa no rosto antecederam o assassinato na tarde desta segunda-feira (8) dentro da sala de cinema no shopping Avenida Center, em Dourados – cidade distante cerca de 225 km de Campo Grande. O Jornal Midiamax obteve as informações por meio de boletim de ocorrência, que detalham o que aconteceu momentos antes […]

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Polícia Civil e Samu no acesso ao interior do shopping. Foto: Divulgação
Polícia Civil e Samu no acesso ao interior do shopping. Foto: Divulgação

Provocações e até um tapa no rosto antecederam o assassinato na tarde desta segunda-feira (8) dentro da sala de cinema no shopping Avenida Center, em – cidade distante cerca de 225 km de Campo Grande. O Jornal Midiamax obteve as informações por meio de boletim de ocorrência, que detalham o que aconteceu momentos antes do policial militar ambiental, de 37 anos, atirar em um bioquímico de 43 anos.

Informações iniciais seriam de que houve briga por assento, mas de acordo com a polícia, que obteve informações de testemunhas e do suspeito, o crime aconteceu após uma provocação. O PMA – preso em flagrante – informou que estava na sala de cinema, acompanhado dos dois filhos, de 14 e 10 anos de idade. A família ocupava as poltronas 9, 10, 11 da fileira sete e um dos filhos do policial sentava ao lado de Júlio Cesar Cerveira Filho, 43 anos.

Provocações e tapa no rosto antecederam assassinato em sala de cinema em MS
Local onde a vítima foi morta. Foto: 94 FM Dourados

Júlio, conforme relato, começou a abrir e fechar os braços, também as pernas, batendo contra o menino sentado na poltrona 11. Neste momento, o pai optou por trocar de lugar com o filho e pediu para que a vítima parasse com as provocações. No entanto, de acordo com o boletim de ocorrência, Júlio teria dito: “Você é um idiota, você é babaca, ridículo, cuzão”. O PMA conta que pediu para que a vítima parasse e a mulher que acompanhava Júlio também teria pedido para que ele cessasse com as provocações.

Júlio teria levantado e então, passou a desferir chutes e socos no policial, momento em que várias pessoas que estavam na sala de cinema começaram a se manifestar e censurar a atitude da vítima. Júlio saiu do local e antes de deixar a fileira sete, teria desferido um tapa no rosto do filho do policial. O pai se levantou e disse: “você tá doido, batendo no meu filho ele é menor, vou chamar a polícia”.

Já nas escadarias de saída, Júlio teria puxado a camisa do PMA e dito para que resolvessem a situação ali mesmo. O homem se identificou como policial e sacou a arma que portava na cintura, uma pistola calibre .40. Júlio tentou tirar a arma do policial, quando houve um disparo que o atingiu.

Informações do boletim de ocorrência e também da Polícia Militar, são de que o policial guardou a arma e tentou estancar o sangramento fazendo pressão com a mão esquerda no ferimento. Após, ligou para a Polícia Militar, mas não completou a ligação e em seguida acionou o Corpo de Bombeiros.

Depois da chegada da Polícia Militar, o PMA se apresentou junto com a arma usada no crime. Inicialmente, o policial foi encaminhado até o Quartel do 4° Pelotão da Policia Militar Ambiental, distante cerca de 200 metros do shopping e depois encaminhado para a 1° Delegacia de Polícia Civil de Dourados.

A arma utilizada não possui registro e foi apreendida com 12 munições de mesmo calibre. O advogado da família da vítima solicitou a polícia exame de corpo de delito nos filhos do policial. O caso foi registrado como homicídio simples, na 1ª DP da cidade.

De acordo com a Corregedoria da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, o PMA foi preso em flagrante e já foi aberto procedimento administrativo para apurar a conduta dele. Consequentemente, ele foi afastado das funções.

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