Segundo as investigações feita pelo Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do , os policiais presos durante a operação deflagrada na manhã desta segunda-feira (28) cobravam para proteger narcotraficantes até R$ 850. Foram descobertas diversas ligações dos presos com Levi, que foi deportado no dia 15 deste mês para o Brasil.

As escutas telefônicas revelaram que os policiais cobravam de R$ 250 a R$ 850 para repassar informações e proteger o narcotraficante. 21 policiais foram presos, entre eles, chefes e vice-comissários da polícia paraguaia. Ainda não se sabe se o pagamento era mensal ou único, segundo o site ABC Color.

Foram presos Edelio Celso Loreiro Baez, Denis Manuel Caballero Verá, Nilson Cesar Salinas Saldivar, German Alberto Arevalos Villalba, Rutilio Ramon Benitez Ramirez, Victor Franco Fariña, Luis Carlos Capdevila Quevedo, Marcial Florentin Ramírez, Eligio Ramon Cabañas Olmedo, Gustavo Andrés Ortiz,  Arnaldo Rafael Acosta Cabral, Abelardo Ramon Acosta Cabral,  Miguel Ángel Medina Servín, Derlis Caballero Almiron,  Carlos Ramón Valdez,  Hugo Javier Frutos Villalba, Rene Alberto Aquino Girett, Fidelino Gustavo Servín Duarte,  Víctor Hugo Orué e Emigdio Martinez Machado.

Após sua prisão durante a Operação do Norte, Levi foi expulso do Paraguai para o Brasil no dia 15 deste mês. Ele foi levado por uma aeronave paraguaia até a fronteira com o Brasil, onde foi entregue à Polícia Federal na Ponte da Amizade. Não foi informado o local onde Levi ficará preso.

Além de Levi, também foi preso o paraguaio Marcio Gayoso “Candonga”, de 27 anos, localizado em Pedro Juan Caballero, na fronteira com o município sul-mato-grossense de , a 346 quilômetros de Campo Grande. Marcio é tido como braço direito de Levi na logística com as organizações criminosas. “Realmente ele era quem movia tudo”, afirmou Ayala, informando da importância de Marcio na região.

Operação do Norte

A região norte do Paraguai, justamente onde o país se encontra com Mato Grosso do Sul, tem continuamente sido ligada ao controle pelo narcotráfico, sendo comparada à fronteira mexicana com os EUA, que sofreu colapso na segurança pública e teve o controle totalmente assumido pelos criminosos.

A operação foi deflagra por volta das 4 horas da madrugada do dia 14 de setembro, quando Levi foi preso em seu apartamento de luxo, no bairro Vila Morra. Depois de dois anos de investigações, além de Levi a polícia também prendeu uma brasileira e seu braço direito, Márcio Gayoso.

Apontado pelo Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) como ‘chefe-executivo' que liderava a fronteira e fornecia drogas e armamento para as facções criminosas PCC e CV, Levi Adriani Felicio pode ser expulso do Paraguai.

Os dois presos também tinham nacionalidade paraguaia, segundo o site ABC Color. No apartamento de Levi, a polícia encontrou armas, dinheiro e munições, além de documentos que foram apreendidos.

O brasileiro é considerado o principal fornecedor de drogas e armas para as duas facções. Ele traçava a rota da maconha e cocaína para o PCC e CV. Para manter as aparências e não levantar suspeitas, Levi mantinha uma vida como executivo e na maior normalidade possível.