Policiais civis presos na Omertà têm pedido de liberdade negado pela Justiça
Tiveram o pedido de liberdade negados pela Justiça durante o plantão do judiciário, os policiais civis Frederico Maldonado Arruda e Elvis Elir Camargo Lima presos durante a Operação Omertà, no dia 27 de setembro, que investigava uma organização criminosa suspeita de execuções na Capital. Os policiais estão presos na 3º Delegacia de Polícia Civil de […]
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Tiveram o pedido de liberdade negados pela Justiça durante o plantão do judiciário, os policiais civis Frederico Maldonado Arruda e Elvis Elir Camargo Lima presos durante a Operação Omertà, no dia 27 de setembro, que investigava uma organização criminosa suspeita de execuções na Capital. Os policiais estão presos na 3º Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande.
Segundo a defesa dos policias, não há indícios de autoria por parte dos presos em integrarem a organização criminosa, já que as acusações seriam rasas. O advogado alega que somente houve menção dos nomes de seus clientes em conversa telefônica com o policial aposentado Vladenilson Daniel Olmedo também preso durante a operação.
A defesa ainda nega que os policiais seriam os responsáveis por trazerem até a organização criminosa armamento contrabandeado do Paraguai, já que teriam facilidade por serem lotados na delegacia de Ponta Porã.
O juiz de direito Marcelo Ivo de Oliveira em despacho, na noite de quinta-feira (10), durante o plantão judiciário indeferiu os pedidos de liberdade dos dois policiais civis alegando que a prisão foi decretada como medida necessária a elucidação da autoria delitiva.
Ainda em despacho, o juiz diz que o prazo da prisão temporária não se exauriu negando o pedido de liberdade feito pela defesa. No sábado (12) quatro presos da Omertà foram transferidos para o presídio federal de Campo Grande.
Foram transferidos o empresário Jamil Name, Jamil Name Filho, o policial civil Marcio Cavalcanti da Silva, o ‘Corno’ e o policial civil aposentado Vladenilson Daniel Olmedo, o ‘Vlade’. A transferência dos presos foi solicitada na última semana e teve parecer favorável do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e também de juiz estadual, mas ainda aguardava o parecer do juiz federal. A decisão positiva resultou na transferência dos quatro presos.
Foi feito pedido para que eles ocupassem celas do RDD (Regime Disciplinar Diferenciado) por um ano, que foi reduzido para seis meses pelo juiz federal, podendo ser estendido posteriormente.
Omertà
O Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), com apoio dos Batalhões de Choque e o Bope (Batalhão de Operações Especiais) da Polícia Militar, cumpriram mandados de prisão preventiva, prisão temporária e 21 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Campo Grande e Bonito.
A ação levou a prisão de policiais civis, guardas municipais, policial federal e até militar do Exército, suspeitos de integrarem uma organização criminosa voltada à prática dos crimes de milícia armada, porte ilegal de armas de fogo de uso restrito, homicídio, corrupção ativa e passiva, entre outros crimes.
As investigações do Gaeco tiveram início em abril deste ano, com o objetivo de apoiar as investigações dos homicídios de Ilson Martins Figueiredo, Orlando da Silva Fernandes e Matheus Coutinho Xavier, conduzidas pelo Garras.
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