Alvo de pistoleiros seria oficial da PM e jovem pode ter sido fuzilado no lugar do pai
A Polícia Civil realiza o trabalho de perícia na Rua Antônio da SIlva Vendas, próximo a Avenida Zahran, no Bairro São Lourenço onde o filho do capitão da Polícia Militar, Paulo Roberto Xavier, sofreu um atentado a tiros e morreu antes de chegar na Santa Casa, na noite desta terça-feira (09). A casa onde o […]
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A Polícia Civil realiza o trabalho de perícia na Rua Antônio da SIlva Vendas, próximo a Avenida Zahran, no Bairro São Lourenço onde o filho do capitão da Polícia Militar, Paulo Roberto Xavier, sofreu um atentado a tiros e morreu antes de chegar na Santa Casa, na noite desta terça-feira (09).
A casa onde o jovem, Matheus Xavier de 20 anos, morava com o pai está fechada, e em frente há cápsulas que aparentam ser de fuzil, além de muito sangue.
Aparentemente ocorreram sete disparos de fuzil que atingiram o jovem. Os autores estavam, segundo a polícia, de campana em um VW UP próximo da residência. Policiais do Garras (Delegacia de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestros) estão no local. A polícia irá tentar colher imagens de câmeras, porém o circuito de imagens de segurança da residência não estaria funcionando.
Segundo as primeira informações, Matheus manobrava a caminhonete do pai, uma S-10, para tirá-la da garagem, quando foi atacado. O carro do jovem estaria estacionado atrás da caminhonete, que ele manobrou com o intuito de sair de casa com o próprio veículo.
Conforme apurou a reportagem, uma das hipóteses é de que o jovem de 21 anos tenha sido morto por engano, e que o pai seria o alvo dos pistoleiros.
O policial ainda levou o filho à Santa Casa, porém ele chegou em óbito ao hospital.
Operação Las Vegas
O capitão já havia sido preso em 2009 por envolvimento com uma organização que explorava máquinas caça-níqueis em Campo Grande. Paulo Roberto Teixeira Xavier foi condenado a sete anos de prisão em regime fechado por falsidade ideológica, por manter um estabelecimento comercial, o que é proibido para oficial e corrupção passiva.
Na época, ele foi denunciado pelo Ministério Público durante a operação Las Vegas, realizada pela PF (Polícia Federal) e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado), como responsável pela logística e segurança da organização que explorava máquinas caça-níqueis na Capital.
O major da Polícia Militar Sérgio Roberto de Carvalho foi apontado como líder do esquema e acabou expulso da corporação. Com a quadrilha foram apreendidos 18 veículos, um avião, 97 máquinas de caça-níqueis, R$ 77 mil, US$ 1,7 mil, computadores e notebooks.
Cerca de dois anos depois da prisão, em 2011, o STF (Supremo Tribunal Federal) concedeu habeas corpus ao capitão, que a essa altura já cumpria a pena em regime semiaberto. Desde então Xavier aguardava o julgamento em liberdade.
No ano de 2015, foi flagrado observando um banco em posse de uma pistola 380 sem registro em uma caminhonete com placa alterada, em Bom Jardim (MA). No entanto, recebeu alvará de soltura após o juiz considerar que ele não preenchia os requisitos para a prisão preventiva. (Atualizada para acréscimo de informações às 21h31)
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