No 7º júri, Nando nega que atirou na cabeça de homem durante ato sexual

Durante o 7º julgamento de Luis Alves Martins Filho, o Nando, nesta sexta-feira (10), em Campo Grande, pelo assassinato de Ariel Fernando Garcia Lima Teixeira, que teve o corpo encontrado em fevereiro de 2014, ele negou que tenha cometido o crime, apesar de no dia de sua prisão ter confessado aos investigadores. Quando foi preso […]

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Foto: Minamar Júnior
Foto: Minamar Júnior

Durante o 7º julgamento de Luis Alves Martins Filho, o Nando, nesta sexta-feira (10), em Campo Grande, pelo assassinato de Ariel Fernando Garcia Lima Teixeira, que teve o corpo encontrado em fevereiro de 2014, ele negou que tenha cometido o crime, apesar de no dia de sua prisão ter confessado aos investigadores.

Quando foi preso em novembro de 2016, ele teria dito aos investigadores “Essa vou dar uma de graça para vocês”, se referindo ao assassinato de Ariel, que chegou a ser arquivado por não se ter possível autor para o crime. Na época, Nando chegou a dar detalhes de onde o corpo foi deixado e como teria acontecido o assassinato. Ariel teria sido atraído por ele para manter relações sexuais, sendo que durante o ato, Nando teria parado afirmando que ia pegar preservativos, mas neste momento atirou contra as costas da vítima, que tentou correr, mas não conseguiu recebendo outro tiro na cabeça.

Já nesta sexta (10) durante seu depoimento no julgamento, ele negou conhecer Ariel e que tenha cometido o assassinato. Seu comparsa do crime Claudinei Augusto Ornelas também negou ter participado do crime, e ainda disse não conhecer Nando, e nem a vítima. O assassinato de Ariel seria o primeiro de Nando, antes do cemitério clandestino feito por ele, no Danúbio Azul.

Nando já foi condenado a 87 anos de prisão em outros seis julgamentos. Ele é acusado de liderar um grupo de extermínio responsável pela morte de ao menos 15 pessoas em Campo Grande. Dos cinco júris já realizados, Nando foi condenado pelos homicídios em quatro deles, apenas em um caso, sobre a morte de Ana Claudia Marques, ele foi absolvido do crime, sendo condenado apenas pela ocultação de cadáver.

No 7º júri, Nando nega que atirou na cabeça de homem durante ato sexual

Mortes no Danúbio Azul

‘Café’, que não teve o nome divulgado, foi morto por Jean, Michel e Nando e localizado em uma das primeiras escavações. Ele devia dois fretes no valor de R$ 170 para Nando.

‘Alemão’, morto há 4 anos por Jean, Nando e uma terceira pessoa ainda não identificada e também já foi encontrado. Ele vendeu para um integrante do grupo criminoso uma TV e usou o dinheiro para comprar drogas. Ao descobrirem que o aparelho era furtado, os criminosos mataram o rapaz.

Bruno Santos da Silva, o ‘Bruninho’, foi assassinado em 2013 por Nando e localizado pela polícia na semana passada. Em 2009 ele teria agredido um sobrinho de Nando, que o estrangulou por vingança.

Ana Cláudia Marques, de 37 anos, era mãe de 6 filhos e foi assassinada em setembro de 2015 por dívidas de drogas com o grupo. Ela foi localizada no dia 23 de novembro de 2016 e enterrada no último dia 19 de agosto de 2017.

Flávio Soares Correa, morto em abril de 2015, com 25 anos. Foi assassinado por Jean e Nando porque praticava furtos no bairro e era considerado ‘afeminado demais’ pelos criminosos.

No dia 24 de novembro foram encontrados, Jhennifer Luana Lopes, a Larissa, morta em março de 2016, aos 16 anos, por Nando e Michel porque praticava furtos e Lessandro Valdonado de Souza, de 13 anos, que foi assassinado porque flagrou uma traição da cunhada Talita.

Outra vítima encontrada foi identificada como Aline Farias Silva, de 22 anos. Ela foi morta por furtas objetos no bairro para comprar drogas. A família só conseguiu realizar o enterro um ano e seis meses após a morte. O sepultamento ocorreu no dia 29 de julho de 2017.

 

 

 

 

 

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