Nando é condenado pelo sexto homicídio e sentenças passam dos 87 anos
Luiz Alves Martins Filho, o Nando, líder de grupo de extermínio ligado à execução de pelo menos 15 pessoas no bairro Danúbio Azul, foi condenado 14 anos e três meses de prisão pelo assassinato de Bruno Santos Silva. Além disso, após julgamento realizado na 2ª Vara do Tribunal do Júri, em Campo Grande, o juiz […]
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Luiz Alves Martins Filho, o Nando, líder de grupo de extermínio ligado à execução de pelo menos 15 pessoas no bairro Danúbio Azul, foi condenado 14 anos e três meses de prisão pelo assassinato de Bruno Santos Silva. Além disso, após julgamento realizado na 2ª Vara do Tribunal do Júri, em Campo Grande, o juiz Aloísio Pereira do Santos aplicou ao réu 15 dias multa. Esta já é a sexta condenação de Nando, com pena total de 87 anos e 6 meses.
Além dele, também é réu neste processo o comparsa Claudinei Agusto Ornelas Fernandes, que recorreu junto ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul e aguarda julgamento do recurso. Conforme já noticiado, em 2016, operação da Polícia Civil desarticulou o esquema operado por Nando e vários comparsas. Em troca de favores sexuais, ele fornecia drogas a usuários do bairro e estimulava o vício. No entanto, tais usuários às vezes cometiam pequenos delitos, como furtos, e acabavam pagando com a vida quando descobertos.
O líder do grupo os sentenciava à morte de forma cruel, acreditando que estava fazendo um favor aos moradores, “livrando o bairro de bandidos”. Contudo, estava apenas agravando um problema que ele mesmo ajudou a criar. As vítimas eram mortas geralmente por enforcamento, e depois enterradas em um cemitério clandestino localizado nas imediações do Jardim Veraneio. No caso de Bruno, por exemplo, Nando foi condenado por homicídio qualificado por meio cruel e recurso que dificultou defesa da vítima, bem como por ocultação de cadáver.
Além destas seis condenações, Nando ainda responde a outras oito ações penais. Ao todo, foram oferecidas 15 denúncias de homicídios que tramitam na 1ª e 2ª Varas do Tribunal do Júri. Em apenas um processo, sobre o assassinato de Daniel de Oliveira Barros, ele foi impronunciado e o caso foi arquivado. Outras duas sessões de julgamento devem ocorrer em maio: no dia 10, ele vai a júri acusado da morte de Ariel Fernando Garcia Lima Teixeira e, no dia 17, será julgado pelo assassinato de Daniel Gomes de Souza Carvalho.
Nos seis processos restantes ele já foi pronunciado, restando ainda marcar a data do julgamento.
Condenações
Dos cinco júris já realizados anteriormente, Nando foi condenado pelos homicídios em quatro deles, apenas em um caso, sobre a morte de Ana Claudia Marques, ele foi absolvido do homicídio, sendo condenado apenas pela ocultação de cadáver. O primeiro julgamento aconteceu no dia 29 de junho de 2018, com a condenação do réu a 18 anos e 3 meses de reclusão pela morte da vítima “Café” ou “Neguinho”. O processo está em grau de recurso.
Ainda no ano passado, no dia 23 de novembro, Nando foi julgado e condenado a 18 anos e 4 meses de reclusão e 20 dias-multa pelo assassinato de Lessandro Valdonado de Souza. O processo também está em grau de recurso.
No dia 20 de fevereiro, ele recebeu nova condenação pela morte de Jenifer Luana Lopes. A pena foi fixada em 18 anos e 3 meses de reclusão. Dias antes, no dia 8, ele teve sua primeira e única absolvição até agora, sendo condenado apenas pela ocultação de cadáver de Ana Cláudia Marques. O crime foi atribuído a um de seus comparsas, que ainda não foi submetido a julgamento, pois recorreu. Pela ocultação do cadáver, a pena foi fixada em 2 anos de reclusão e 30 dias-multa.
O último julgamento, antes do ocorrido nesta sexta-feira, foi no dia 10 de abril, com a condenação a 16 anos e 3 meses de reclusão e 15 dias-multa pela morte de Flávio Soares Corrêa. Ainda devem ser agendados os julgamentos pelas mortes das vítimas Alex da Silva dos Santos; Jhenifer Lima da Silva; Aparecida Adriana da Costa; Aline Farias da Silva; “Alemão” e Eduardo Dias Lima.
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