Motorista admite que golpeou, mas diz que não teve intenção de matar idosa

Durante audiência realizada na tarde desta segunda-feira, no Fórum de Campo Grande, a motorista de aplicativo Pamela Ortiz Carvalho admitiu ter golpeado Dirce Santo Guimarães Lima, de 79, mas sem intenção. O objetivo segundo ela, era se defender de um motociclista que supostamente tentava assaltá-la. A idosa, ferida na cabeça, não resistiu. O crime aconteceu […]

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Motorista Pamela responde pelo assassinato de idosa. Foto: Divulgação
Motorista Pamela responde pelo assassinato de idosa. Foto: Divulgação

Durante audiência realizada na tarde desta segunda-feira, no Fórum de Campo Grande, a motorista de aplicativo Pamela Ortiz Carvalho admitiu ter golpeado Dirce Santo Guimarães Lima, de 79, mas sem intenção. O objetivo segundo ela, era se defender de um motociclista que supostamente tentava assaltá-la. A idosa, ferida na cabeça, não resistiu.

O crime aconteceu no dia 23 de fevereiro, na região do Indubrasil. A idosa morreu de traumatismo craniano e teve o corpo deixado em um terreno. Perante a juíza Denize de Barros Dodero, Pamela apresentou sua versão sobre os fatos e contou que, no dia, havia sido chamada pela vítima para transportá-la até uma distribuidora de roupas íntimas, onde a Dirce iria receber um dinheiro.

De acordo com as palavras do advogado Edmar Soares Barbosa, Pamela parou o veículo Sandero alguns metros do local debaixo de uma árvore, porque estava muito calor, e abriu as portas. Neste momento, um motociclista se aproximou e anunciou o assalto, rendendo a motorista. “Ela reagiu e entrou em luta corporal com o motociclista que tentava passar um cabo de aço no pescoço dela”, e disse.

O advogado alega que Pamela conseguiu escapar e pegou uma ferramenta no veículo, para se defender. “Ela relatou que ao atacar esse motociclista, também acabou acertando a idosa que veio pra cima. Ela não sabia se a idosa tentou ajudá-la ou se tentou ajudar o ladrão”, comentou. Ainda conforme a versão, logo em seguida o suspeito desistiu da ação.

Ao ver que a vítima estava ferida na cabeça, desacordada, a motorista teria se apavorado e decidiu tirar o corpo da rua, arrastando para um terreno ao lado. “Ela só quis tirar da rua e deixou a poucos metros do local. Não teve intenção de ocultar o cadáver”, ressaltou Barbosa.

Laudos periciais constataram que a vítima morreu com em razão de traumatismo craniano e constatou que haviam vestígios compatíveis com o sangue da vítima no carro de Pamela. No entanto, a defesa sustenta que o trauma foi causado pelo golpe não intencional da ferramenta, e que a mancha de sangue pode ter sido da ferramenta, guardada no veículo ou das mãos de Pamela, que ficaram ensanguentadas.

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