Foi encontrado morto em sua casa, na noite deste domingo (16), em , o sargento da cavalaria da Polícia Militar do Estado, Ricardo Lopes Paulino.

A suspeita é que o sargento tenha cometido suicídio. Ele foi encontrado com um tiro na boca. A polícia ainda investiga o caso, e uma nota será emitida pela corporação. O velório será no cemitério Jardim das Palmeiras.

Em março deste ano outro policial militar também foi encontrado morto em casa, no Jardim Itália. Ele estava com ferimento de arma de fogo na região da cabeça, e estava lotado na 5ª Companhia Independente da Polícia Militar, no Pelotão de Terenos. Conforme informações obtidas pelo Jornal Midiamax na época, o militar apresentava problemas psicológicos e estava fazendo tratamento.

Relatos de militares que não se identificaram contaram ao Jornal Midiamax, que os policiais sofrem com a pressão de muitas escalas extras, além de um salário baixo e sem estrutura muitas vezes para trabalhar.

Outro relato afirma que os policiais são obrigados a passar duas vezes ao ano por avaliação física, mas segundo o militar a avaliação psicológica não interessaria a corporação, já que o efetivo está defasado.

Um policial militar há 20 anos na corporação, que está afastado por depressão, contou que o Governo é omisso em relação a questão de acompanhar psicologicamente os militares, e que o trabalho é feito pelo FAF PMMS (Fundo de Assistência Feminina da Polícia Militar do Estado) que é custeada pelos próprios militares. “O ideal seria um acompanhamento permanente”, disse.

Em 2017 foram três mortes de policiais militares. Um dos casos aconteceu em Campo Grande e vitimou PM lotado no Batalhão de Guarda e Escolta. O suicídio aconteceu na casa do policial, no bairro Taquarussu. Outro caso também registrado em maio envolveu um subtenente da PM em Três Lagoas. Ele fazia um tratamento contra o câncer.

O efetivo da Polícia Militar no Estado é 4.600, sendo que em 2007 o quadro era de 5.700 militares. O último concurso da PM aconteceu em 2014.