Justiça expede mandado de prisão a Jamil Name por arsenal apreendido com guarda
Novo mandado de prisão pode ser cumprido contra Jamil Name pela posse ilegal de arma de fogo de uso restrito, crime que segue em investigação após a prisão do guarda municipal Marcelo Rios em maio deste ano. O mandado de prisão teria sido expedido pela Justiça nesta terça-feira (22) e seria o segundo contra Jamil. […]
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Novo mandado de prisão pode ser cumprido contra Jamil Name pela posse ilegal de arma de fogo de uso restrito, crime que segue em investigação após a prisão do guarda municipal Marcelo Rios em maio deste ano. O mandado de prisão teria sido expedido pela Justiça nesta terça-feira (22) e seria o segundo contra Jamil. Uma ‘terceira’ prisão de Jamil ocorreu em flagrante durante a operação Omertà por posse de arma de fogo.
Conforme apurado pelo Jornal Midiamax, Jamil Name pode passar a responder pelo arsenal apreendido com o guarda municipal, após contrato de gaveta ligar o empresário ao caso. O contrato, registrado no Cartório do 5º Ofício de Notas de Campo Grande também é assinado por Jamil Name Filho, contra quem também teria sido expedido mandado de prisão.
O documento também foi decisivo para implicar pai e filho na investigação de milícia armada e crimes de pistolagem investigados na Omertà. O contrato do imóvel, avaliado em R$ 850 mil, foi assinado em 16 de maio de 2017, por Jamil Name e Jamil Name Filho.
O contrato aponta que a casa localizada no Jardim Monte Líbano, onde estava o armamento, teria sido entregue como ressarcimento após Jamil desistir da negociação de um terreno na Vila Santo André, em fevereiro de 2015.
O casal que fez a compra não teria como devolver o dinheiro envolvido na transação, e por isso teria passado o imóvel para os Name. O acordo, no entanto, permitia que o casal morasse na casa até março de 2017, em regime de comodato. Após esse período, deveriam entregar a casa, conforme foi feito.
Fuzis Ak-47, espingardas e muita munição
Foi neste imóvel, no bairro Monte Líbano, que a polícia localizou um arsenal avaliado em mais de R$ 200 mil. Foram encontrados dois fuzis AK-47 calibre .76; espingarda calibre .12 e calibre .22, quatro fuzis calibre 556, além de munições de diversos calibres, além de papel, 17 folhas com logomarca da Polícia Federal e equipamentos diversos.
Na ocasião, o então guarda municipal Marcelo Rios foi preso. Era o início da investigação que levou à deflagração da Operação Omertà pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros).
A defesa de Jamil Name alegou na época que a casa pertenceria a Jamil Name Filho, mas que Marcelo Rios ocupava o local para cuidar. Também negou qualquer envolvimento do empresário com o arsenal ilegal flagrado.
Jamil continua detido no Presídio Federal de Campo Grande, onde aguarda transferência para o Presídio Federal de Mossoró, já autorizado pelo juiz e que deve ocorrer nos próximos dias.
Operação Omertà
Após encontrar arsenal de milícia na casa, a polícia começou as investigações para chegar até a organização criminosa de milícia armada, suspeita de cometer homicídios em Campo Grande. Na lista estão as execuções de Ilson Martins Figueiredo, Orlando da Silva Fernandes e Matheus Coutinho Xavier.
O grupo também é investigado pelos crimes de porte ilegal de armas de fogo de uso restrito, homicídio, corrupção ativa e passiva, entre outros crimes. Além de Jamil Name e Jamil Name filho, na a polícia prendeu em 27 de setembro policiais civis, guardas municipais, um policial federal e até militar do Exército. Gaeco, Garras, com apoio de policiais militares também deram cumprimento a mandados de busca e apreensão.
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