Homem que alegou ter assumido crime no lugar de amigo PM é condenado a 4 anos

A Justiça desclassificou a tese do Ministério Público de tentativa de homicídio e condenou Diego e Silva Rodrigues a quatro anos de prisão pelo crime de lesão corporal de natureza grave. O crime aconteceu no dia 31 de janeiro de 2015 e durante julgamento nesta quinta-feira (14) Diego afirmou que assumiu o crime no lugar […]

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Diego cumprirá pena em regime aberto (Foto: Marcos Ermínio
Diego cumprirá pena em regime aberto (Foto: Marcos Ermínio

A Justiça desclassificou a tese do Ministério Público de tentativa de homicídio e condenou Diego e Silva Rodrigues a quatro anos de prisão pelo crime de lesão corporal de natureza grave. O crime aconteceu no dia 31 de janeiro de 2015 e durante julgamento nesta quinta-feira (14) Diego afirmou que assumiu o crime no lugar de um policial militar, detido no último dia 7 de novembro por suspeita de participar de um roubo em Campo Grande.

No julgamento desta quinta, o júri desclassificou a conduta do acusado e não reconheceu que ele praticou uma tentativa de homicídio doloso. A decisão ficou a cargo do juiz, que classificou como crime como lesão corporal grave e também o condenou por porte ilegal de arma de fogo.

A pena definitiva foi de quatro anos de prisão e pagamento de dez dias multa. O regime inicial é aberto.

Julgamento

O réu prestou depoimento e contou uma nova versão sobre o crime. No dia 31 de janeiro de 2015, ele e o amigo Alcimar Silva dos Santos, que era policial militar, foram até a casa onde o crime aconteceu, no Jardim Columbia. Lá um rapaz foi atingido por um tiro e Alcimar foi apontado como suspeito, mas quatro dias depois Diego se apresentou na delegacia.

No primeiro depoimento à polícia ele contou que comprou a arma por R$ 1,5 mil de um desconhecido, cinco meses antes do crime. Já no júri, Diego disse que foi coagido pelo amigo policial militar. Ele afirmou que Alcimar já tinha ‘rolos’ e não poderia assumir a autoria do crime ou a posse da arma, então pediu para o amigo confessar porque “Não daria nada”.

Diego contou que só confessou o posse da arma para ajudar o amigo, mas que na verdade a arma não era dele. Ele disse que no dia do crime estava com o PM e iam até um churrasco, quando o policial disse que passaria em outro local para acertar as contas de uma briga que tinha sofrido um dia antes, ocasião em que apanhou.

A dupla foi até a casa no Jardim Columbia no Voyage do policial, que desceu enquanto Diego diz ter aguardado no carro. Havia mais de 10 pessoas na frente da casa e Diego ouviu um disparo de arma de fogo. O homem foi socorrido com o tiro no ombro e teve alta dias depois do hospital. O revólver tinha numeração raspada.

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