Há três anos, pai era preso na Capital por tentar vender o filho no Facebook

Em outubro de 2016 foi decretada prisão preventiva do rapaz de 26 anos detido em flagrante no dia 5 na Rodoviária de Campo Grande após tentar vender o próprio filho. Ele anunciou a criança por R$ 3 mil no Facebook e alegou para a polícia que usaria o dinheiro para quitar dívidas. A prisão em […]

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(Foto: Arquivo
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Em outubro de 2016 foi decretada prisão preventiva do rapaz de 26 anos detido em flagrante no dia 5 na Rodoviária de Campo Grande após tentar vender o próprio filho. Ele anunciou a criança por R$ 3 mil no Facebook e alegou para a polícia que usaria o dinheiro para quitar dívidas.

A prisão em flagrante aconteceu na rodoviária após o rapaz confessar que negociou a venda do filho de 4 meses em um grupo do Facebook. Ele venderia o bebê por R$ 3 mil e chegou a alegar que usaria o dinheiro para quitar dívidas com aluguel em São Gabriel do Oeste, cidade que fica a 133 quilômetros da Capital.

Naquele dia, a família chegou em Campo Grande sem dinheiro para continuar a viagem e procurou o setor social da rodoviária. A mãe da criança começou a chorar e eles acabaram confessando que tinham “feito uma besteira”. O rapaz alegou que estava passando por uma necessidade, sem dinheiro até para alimento e ofereceu o filho em um grupo da rede social.

A assistente social acionou o setor jurídico da Prefeitura, que acionou agentes da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente). À polícia, o pai relatou que após publicar o anúncio no grupo, passou a conversar pelo celular com uma estudante de Direito, que seria funcionária pública em São Paulo.

O pai relatou também que as dívidas se acumularam, pois ele teria ficado desempregado. Ele trabalhava como segurança e locutor em São Gabriel, mas perdeu o emprego após as eleições. O valor de R$ 3 mil seria equivalente a uma dívida que ele teria em São Gabriel com aluguel atrasado e demais despesas.

Ele foi preso em flagrante pelo artigo 236 do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) que diz “prometer entregar o filho mediante recompensa”. O delegado arbitrou fiança de um salário mínimo, que foi reduzido a R$ 200, mas posteriormente foi decretada prisão preventiva do rapaz.

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