Guarda municipal preso com arsenal tinha até desbloqueador de tornozeleira eletrônica

O guarda municipal preso com um arsenal avaliado preliminarmente em mais de R$ 200 mil, passa por audiência de custódia nesta terça-feira (21). Com ele, os policiais encontraram até bloqueadores de sinais eletromagnéticos, com capacidade para desbloquear tornozeleiras eletrônicas. Ele teve a prisão preventiva decretada. O guarda permaneceu em silêncio durante seu depoimento fala…

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O guarda municipal preso com um arsenal avaliado preliminarmente em mais de R$ 200 mil, passa por audiência de custódia nesta terça-feira (21). Com ele, os policiais encontraram até bloqueadores de sinais eletromagnéticos, com capacidade para desbloquear tornozeleiras eletrônicas. Ele teve a prisão preventiva decretada.

O guarda permaneceu em silêncio durante seu depoimento falando, apenas, que estava cuidando da casa no bairro Monte Líbano para uma outra pessoa. Na residência foi encontrado o arsenal de grosso calibre, que acredita-se ter sido usado em fuzilamentos em Campo Grande.

Todas as armas encontradas na casa estavam municiadas prontas para serem usadas. Em uma das casas do agente foi apreendido um veículo Fiat Uno, que foi roubado em fevereiro de 2017 em Cuiabá. Ainda nas residências no Portal Caiobá e no Rouxinóis, cinco caixas com munições importadas foram encontradas.
Segundo o delegado do Garras, Fábio Peró, este seria o maior armamento encontrado em Campo Grande. Peró disse que nenhuma linha de investigação será descartada, mas acredita que as armas seriam usadas para assaltos e homicídios. As armas serão periciadas para se saber se teriam sido usadas em execuções, na Capital.

Por exemplo, os fuzis AK47 apreendidos são do mesmo calibre usado nos assassinatos de Ilson Figueiredo, Orlando Bomba e Matheus Coutinho Xavier. Sobre um possível envolvimento do agente nas execuções também será investigado ou se ele só fazia o serviço de transporte.

Matheus Coutinho Xavier foi assassinado em frente à sua casa com 7 tiros de fuzil na cabeça, e na época de sua execução, no dia 9 de abril, foi levantado que a arma usada no crime poderia ter ligação com o armamento usado na execução de Ilson Figueiredo, que foi assassinado em junho de 2018. O carro onde Ilson estava foi surpreendido, na Avenida Guaicurus e alvejado por diversos tiros de arma de grosso calibre, entre elas, um fuzil. Aproximadamente 18 cápsulas foram recolhidas pela perícia no local. Depois de ser atingido, o veículo que ele dirigia bateu contra o muro de uma casa.

Os pistoleiros que executaram o chefe da segurança usaram uma metralhadora e um fuzil AK-47 no crime. Encapuzados, vestindo preto e com coletes à prova de balas, os pistoleiros começaram a atirar contra o carro do policial aposentado uma quadra antes do local onde o carro parou. Nas imediações na Rua Piracanjuba, na região, o carro usado na execução de Ilson, um Fiat Toro, foi encontrado incendiado.

Também foi executado com armamento der mesmo calibre, Orlando da Silva Fernandes, 41 anos, conhecido como ‘Orlando Bomba’ executado com tiros de fuzil na cabeça, tórax, e braços em frente a uma barbearia. Dois homens chegaram em uma Dodge Journey, desceram e executaram ele, que saía do local e ia em direção à sua camionete Hillux. Um outro homem em uma moto deu apoio para a execução. A polícia encontrou no local com a vítima três celulares intactos que estavam com ele, além de cheques e quantia em dinheiro. O crime aconteceu no dia 26 de novembro de 2018.

 

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