Um homem de 30 anos está preso desde sábado (21) em após ser flagrado vendendo armas de fogo, inclusive de uso restrito, e munições estrangeiras em uma residência em Dourados. Uma mulher de 38 anos que participava do comércio ilegal também foi presa, mas já se encontra em liberdade após decisão da justiça.

Nesta terça-feira (24), o delegado do SIG (Setor de Investigações Gerais) da Polícia Civil de Dourados, Rodolfo Daltro, explicou como aconteceu o flagrante do “arsenal” e as prisões. Segundo o delegado, na sexta-feira (20) houve a informação que uma pessoa de uma cidade próxima viria comprar um fuzil calibre 7.62, revólveres e pistolas no município e dessa forma iniciou as investigações que resultaram na identificação do vendedor.

“No sábado, por volta das 8h30, ele foi monitorado e encontramos ele parado em uma estrada vicinal esperando o comprador. Só que, devido à demora, retornou a uma residência onde identificamos a possibilidade de estar as armas. Realizamos a abordagem e encontramos as armas em cima de uma cama, as munições em uma caixa e realizamos a dele e de uma mulher moradora no imóvel. Inclusive o quarto onde estavam as armas era dela”, relatou Daltro revelando que a casa fica na Vila Industrial.

Foram encontradas na casa uma espingarda calibre 12, um fuzil calibre 7.62, uma espingarda calibre 357, uma calibre 28 e uma 20. Em uma caixa de madeira localizada no chão foi encontrada grande quantidade de munição de diversos calibres, tais como 7.62. 12, .40, .38 e .28. O valor estimado das armas supera R$ 40 mil.

A dupla foi autuada em flagrante por comércio ilegal de arma de fogo e munições. “Representei a prisão preventiva de ambos, mas foi concedida apenas do homem e a liberdade provisória da mulher”, disse o delegado que acredita em um público alvo específico para as vendas.

As armas e munições serão encaminhadas para perícia e depois serão levadas para o Poder Judiciário.

Continuidade das investigações

Ainda segundo Daltro, as investigações seguem com intuito de identificar mais envolvidos e quem eram os compradores. Para ele, o comércio já funcionava algum tempo devido a “estrutura” encontrada na residência e o número de armas que são de origem estrangeiras.

“As investigações estão ainda bem no início e sabemos que, como muitos fazem, iam no buscar as armas para vender. Nos chamou atenção a quantidade de armas e munições na casa. Em regra, o comércio de armas se dá por encomenda. O vendedor vai até o Paraguai, busca a arma e entrega ao comprador”, revelou o delegado dando a entender que as armas apreendidas já deveriam ter compradores específicos.

Mais prisão

Os policiais seguiram as investigações no final de semana e foram até o Distrito de Panambi, onde moraria mais um possível envolvido na venda de armas. Na residência desse indivíduo, que não se encontrava no local, foi apreendido um revólver calibre .38, municiado. Ele também foi preso em flagrante.