O delegado de Polícia Civil, Eder Oliveira Moraes, foi interrogado na tarde desta terça-feira (3) em videoconferência no Fórum de Campo Grande, sobre acusação de estupros, que teriam ocorrido quando ele atuava na delegacia de Rio Verde de Mato Grosso, a 194 quilômetros da Capital. Eder também é investigado por envolvimento no furto de 101 quilos de cocaína da delegacia de Aquidauana.
Consta na denúncia que o delegado teria abusado de dois menores de idade. Um deles, que teria ficado detido em uma cela, afirma que o crime ocorreu durante interrogatório. O outro caso, uma mulher foi presa, quando o filho dela foi até a delegacia e Eder teria praticado ato libidinoso. Os crimes teriam ocorrido entre 2016 e 2017.
O advogado que o representa, Irajá Pereira Messias destacou que Eder se manteve tranquilo durante o interrogatório nesta terça. Ele foi ouvido pelo juiz Rafael Gustavo Mateucci, da 1ª Vara Cível e Criminal de Rio Verde, por videoconferência realizada no Fórum da Capital. Ele negou as acusações.
De acordo com Irajá, a acusação não tem fundamento e estaria ocorrendo por vingança. “Não tem nenhuma prova, nada de concreto, um delegado com 20 anos de profissão, que manteve apenas contato profissional, em horário comercial e com as portas abertas. Não tem fundamento”, afirmou ao Jornal Midiamax. Além dessa acusação, consta dois processos em nome de Eder, ainda quando atuava em Rio Verde, de peculato e improbidade administrativa.
O advogado aguarda resposta do Superior Tribunal de Justiça sobre um pedido de Habeas Corpus, já que Eder está preso preventivamente por envolvimento no sumiço da cocaína em Aquidauana.
