Defesa tenta anular decisão que leva dois a júri pela morte de Wesner
A defesa de Thiago Giovanni Demarco Sena e Willian Enrique Larrea recorreu da decisão que leva os dois a júri popular pela morte de Wesner Moreira da Silva, de 17 anos, ocorrida em fevereiro de 2017, em lava-jato de Campo Grande. O objetivo é tentar anular acórdão que manteve a sentença de pronúncia. Eles foram […]
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
A defesa de Thiago Giovanni Demarco Sena e Willian Enrique Larrea recorreu da decisão que leva os dois a júri popular pela morte de Wesner Moreira da Silva, de 17 anos, ocorrida em fevereiro de 2017, em lava-jato de Campo Grande. O objetivo é tentar anular acórdão que manteve a sentença de pronúncia.
Eles foram pronunciados pelo crime de homicídio doloso, qualificado pelo recurso que dificultou a defesa da vítima, e serão julgados pelo Conselho de Sentença conforme decisão publicada no dia 3 deste mês, no Diário da Justiça de Mato Grosso do Sul.
“Havendo provas da materialidade e indícios suficientes de autoria, devem ser pronunciados os acusados, conquanto, nessa fase de prelibação, é vedada a solução definitiva da controvérsia, sob pena de usurpação da competência constitucionalmente prevista ao Tribunal do Júri”, decidiu a Justiça.
No entanto, os advogados ingressaram com embargos infringentes e de nulidade, alegando “total incoerência entre as provas isentas de parcialidade”. Eles pedem a manutenção da decisão de primeiro grau que desclassificou o crime para homicídio culposo – quando não há intenção.
Conforme já noticiado, Wesner morreu depois de ter uma mangueira de ar colocada no ânus durante uma “brincadeira” de Thiago e de Willian, seus colegas de trabalho no lava-jato. Eles alegam que a própria vítima, em harmonia com a única testemunha ocular do caso, afirmou que os dois réus sequer abaixaram a sua roupa.
Afirmam ainda que a assistente social que acompanhou o caso foi categórica em dizer que a vítima estava falando a verdade quando afirmou que não houve a introdução da mangueira. Além disso, sustenta que o perito criminal, após ter acesso em audiência, da conclusão da perita especialista em vestes, reviu seu posicionamento e afirmou perante o juízo que a mangueira foi aproximada da região anal, por fora da roupa.
“O visível desconhecimento técnico do perito criminal em relação ao potencial da mangueira é a provade que os réus não tinham a mínima condição de conhecer que o ar poderia transpassar o short jeans e causar a morte”, afirmam no recurso.
“Com todo respeito, é mais fácil acreditar em Papai Noel do que acreditar que uma mangueira de ar adentraria no ânus de uma pessoa (sem a presença de um gel, e mediante empenho de força física) sem deixar um sinal mínimo de hematoma e de arranhão”, lê-se no pedido dos advogados.
Eles defendem ainda que não há qualquer prova de que a mangueira foi introduzida no corpo da vítima e que tudo não passou uma brincadeira. “O que existe nos autos são provas e mais provas que corroboram a versão apresentada pelos Embargantes [Thiago e Willian], ou seja, de que a infeliz brincadeira foi feita por fora da roupa da vítima”.
O recurso será julgado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.
Notícias mais lidas agora
- VÍDEO: Câmeras flagraram agressões ao cantor Begèt de Lucena próximo a bar de Campo Grande
- Dona de bar é espancada e estuprada por falso cliente: ‘Deixa eu fazer tudo, senão vou te matar’
- Com ponto facultativo, próximo ‘feriadão’ em MS só em novembro, e com ressalvas
- VÍDEO: Servidor público é preso após matar irmão de ex-esposa em Angélica
Últimas Notícias
Candidatos têm até quinta para se registrarem na disputa ao cargo de presidente da FFMS
Eleição foi convoca após destituição de Cezário da FFMS
Estelionatária deixa prejuízo de mais de R$ 40 mil ao fingir ter câncer para aplicar golpes em familiares
Irmã da estelionatária procurou a polícia após descobrir o golpe no dia 1º de outubro
Sem energia há quatro dias, moradores da região sul de São Paulo fecham estrada em protesto
Mais de 200 mil clientes continuam sem energia; Enel não tem previsão de quando o abastecimento volte ao normal
Investigação mira em contrato milionário da Prefeitura de Rio Brilhante para locação de maquinários
Inquérito foi aberto após denúncia anônima
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.