A justiça concedeu liberdade provisória ao policial militar F.S.R., preso por tentativa de homicídio no último dia 4, depois de supostamente atirar contra um homem em uma conveniência na Avenida Guaicurus, em Campo Grande.
A defesa informou preliminarmente que, durante luta corporal, a vítima tentou pegar a arma do PM, ocasionando disparo acidental. O advogado Deiwes Willian Bosson, da ACSMS (Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar de Mato Grosso do Sul), explicou que o PM foi preso em flagrante e teve o flagrante convertido em prisão preventiva pelo juiz plantonista.
No entanto, a defesa recorreu junto à Vara do Tribunal do Júri, alegando que não havia motivos para manutenção da prisão. “Ele é réu primário, tem bons antecedentes, trabalho lícito e endereço fixo, e não oferecia nenhum risco para o andamento do processo”, explicou.
Conforme noticiado, o policial teria encontrado o homem na conveniência o chamando pelo nome e convidando para ir até uma outra conveniência na região continuar bebendo. A vítima teria aceitado e entrado no carro do autor, que se identificou como policial.
Já dentro do carro, a vítima teria encontrado uma pistola entre os bancos e manuseado a arma saindo em seguida do carro com a pistola nas mãos para entregar para o militar, que estava fora do veículo. Momento em que foi ameaçado pelo policial. Com medo, a vítima passou a correr, e ao olhar para trás viu quando o militar fez um disparo, que não o atingiu.
Em seguida ele ouviu outro disparo, mas já estava longe. Mas, segundo a versão do policial, ele teria entrado em luta com homem que encontrou e pegou a arma de dentro do carro. Ele estava tentando desarmar o homem. A vítima chamou a polícia, que pela placa do carro fornecida encontrou a residência do policial militar que acabou preso por homicídio na forma tentada.