Carro de motorista de aplicativo pode ter sido encomenda do PCC

A polícia deve investigar se o carro de um motorista de aplicativo rendido na madrugada deste domingo (24), foi encomendado pelo PCC. A vítima foi sequestrada e mantida refém por um trio, na região do Morro do Mandela, no bairro Izabel Garden. Um dos bandidos morreu após trocar tiros com o Batalhão de Choque da […]

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A polícia deve investigar se o carro de um motorista de aplicativo rendido na madrugada deste domingo (24), foi encomendado pelo PCC. A vítima foi sequestrada e mantida refém por um trio, na região do Morro do Mandela, no bairro Izabel Garden. Um dos bandidos morreu após trocar tiros com o Batalhão de Choque da Polícia Militar.

O veículo, que teria sido encomendado pela facção, foi localizado pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) em Miranda, distante 208 km de Campo Grande.

O sequestro

De acordo com as informações da polícia, o motorista foi acionado para atender uma corrida em frente ao Burger King da avenida Afonso Pena, região central da Capital. No local, três pessoas entraram no carro, entre elas uma mulher.

No trajeto, chegando próximo ao Morro do Mandela, localizado no bairro Izabel Garden, o motorista foi rendido e amarrado pelos bandidos. Enquanto o motorista era mantido refém na região, outro comparsa saía de Campo Grande com o veículo.

Policiais do Choque faziam diligências e visualizaram um dos suspeitos, que atirou contra a equipe. Os policiais revidaram com tiros e o bandido foi atingido. Ele foi socorrido até o hospital, mas não resistiu e morreu.

Filme de terror

“Vivi um filme de terror nas horas que fiquei na mão deles”, relata o motorista. Foram cinco horas de angustia até a chegada do Batalhão de Choque da Polícia Militar.

A chamada era para atender uma corrida em frente ao Burger Kink da avenida Afonso Pena, por volta das 23h30. “Era mais um dia normal, mas estranhei quando eles chegaram por trás do veículo e entraram. Depois fiquei tranquilo porque a mulher começou a reclamar que comeu muito e pediu até para abrir os vidros”, conta o motorista.

Na Ernesto Geisel, a mulher falou que iria vomitar e o motorista parou. “Parei para ela vomitar e eles anunciaram o assalto. A mulher e o outro homem que sentou na frente estavam armados e mandaram que eu sentasse no banco de trás”.

A partir daí, o filme de terror começou para o trabalhador. “Eles colocaram a arma na minha cabeça, me ameaçavam a todo momento. Como meu carro não entrava na estrada do Morro do Mandela, eles me deixaram em uma mata e o outro levou o carro”, explica a vítima.

Na mata, a mulher e o outro homem ficaram vigiando a vítima. “Ele ficava do meu lado e ela ia e voltava toda hora de algum lugar, também fazia várias ligações”, detalha. “Quando ele viu a polícia, pulou por cima de mim e correu. A mulher não estava nessa hora”.

Ainda em choque, o motorista revela que mesmo com a chegada da polícia, não sabia definir se era uma ajuda para ele ou outros comparsas do bando. “Só vi que era a polícia quando eles começaram a me desamarrar”, conta aliviado.

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