Apesar de antigos, golpes com cheque ainda fazem vítimas em MS
Golpes por meio da clonagem ou alteração dos valores de cheque são antigos, mas seguem fazendo vítimas em Mato Grosso do Sul. Os estelionatários geralmente compram lâminas de baixo valor, fazem adulterações necessárias e em seguida tentar efetuar saques na conta dos titulares. Nesta segunda-feira, homem de 60 anos registrou boletim de ocorrência na 1ª […]
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Golpes por meio da clonagem ou alteração dos valores de cheque são antigos, mas seguem fazendo vítimas em Mato Grosso do Sul. Os estelionatários geralmente compram lâminas de baixo valor, fazem adulterações necessárias e em seguida tentar efetuar saques na conta dos titulares.
Nesta segunda-feira, homem de 60 anos registrou boletim de ocorrência na 1ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande. Ele relatou que um desconhecido tentou retirar R$ 4.800 por meio de um cheque assinado em seu nome. A ação só não foi concretizada porque o funcionário do banco recusou o pagamento. A vítima informou que no dia 17 de abril preencheu um cheque com o valor de R$ 753,63 e pagou a rescisão de contrato de uma funcionária.
A trabalhadora, por sua vez, contou que estava em uma agência bancária da Avenida Calógeras quando foi abordada por um homem que pagou o valor integral do cheque para ter acesso à lâmina que estava com ela. A moça disse que mesmo sem saber quem era o homem, aceitou a negociação. No dia seguinte, o estelionatário tentou resgatar o valor, mas foi informado que não poderia naquele momento. Ele foi embora com o cheque, sem se identificar.
Na semana passada, em Aquidauana, uma mulher de 36 anos quase foi vítima do mesmo golpe. A vítima havia pagado a compra de um gás com cheque de R$ 75. Os estelionatários passaram no estabelecimento logo em seguida, perguntando se havia no local cheques de menor valor, pois eles queriam trocá-los por dinheiro. O comerciante, sem imaginar que estaria beneficiando criminosos, aceitou e passou o cheque em troca de dinheiro.
No dia 18, a vítima foi informada que tentaram sacar com cheque R$ 2.940 na conta dela. No entanto, o gerente entrou em contato com ela e não autorizou o saque. A mulher chegou a verificar as informações e constatou que os dados da lâmina eram os mesmos da lâmina que ela entregou na revenda de gás, porém, com valor alterado, confirmando que o material havia sido clonado.
O delegado Geraldo Marim Barbosa, da Dedfaz (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Defraudações, Falsificações, Falimentares e Fazendários), disse que esse tipo de golpe é comum, motivo pelo qual é preciso tomar muito cuidado ao emitir cheques. Segundo ele, é importante usá-los somente com pessoas ou estabelecimentos de extrema confiança. “Com o tempo, esse tipo de pagamento [por cheques] vai ficar obsoleto. A orientação é são sempre tomar o máximo de cuidado, deixando o cheque nominal cruzado”, explicou o delegado.
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